São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2007

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JUCA KFOURI

A festa é para Edmundo


Quase foi mais um fim de semana de Romário, mas acabou sendo mesmo o de seu velho e bom companheiro


O PALMEIRAS fez sua parte e pavimentou o caminho para ficar entre os semifinalistas, depois de jogar muito bem no primeiro tempo e dar uma fraquejada no segundo, diante do Marília. G
raças a Edmundo, a torcida palmeirense não passou um fim de semana triste, como a são-paulina, que amargou nova derrota, desta vez para o São Caetano.
E deve agradecer mesmo a ele, autor material de um dos três gols no Palestra Itália e autor intelectual dos outros dois, capaz de mostrar uma competitividade que Romário, naturalmente, já não mais possui.
Tudo leva a crer na classificação alviverde, em situação complicada, embora ainda com solução, na Copa do Brasil. Exatamente o inverso do que vive o Corinthians, candidato a ser goleado pelo cada vez mais líder Santos, na quarta, ainda mais após o que não mostrou contra o Barueri, ontem, num iludido Pacaembu com o melhor público da rodada.

DANÇA, MORUMBI
A CBF, a FPF e a Secretaria Municipal de Esportes já escolheram o terreno onde será construído o estádio paulistano que abrigará a eventual Copa de 2014: na região que abriga o campo de beisebol de São Paulo, perto da marginal, entre a Barra Funda e o Bom Retiro.
Segundo a CBF, para abrir ou fechar a Copa e erguido pelo grupo que construiu a arena de Amsterdã.

TRAIRAGEM EXPLÍCITA
Ao vetar na Timemania o artigo que garantia aos clubes-empresa o mesmo tratamento que se dá aos sem fins lucrativos, o governo federal não só mostrou mais uma vez de que lado está como ainda sedimentou a imagem de que não cumpre acordos, como o feito em torno do texto com a oposição.

A TV E O CLUBE DOS 13
Em dezembro, haverá eleição no Clube dos 13.
Não teria nenhuma importância, como não tem tido desde que a entidade virou mera intermediária de contratos de TV. Mas, por paradoxal que pareça, exatamente por isso, a eleição será importante.
Fábio Koff diz que não quer continuar, mas ninguém acredita porque ele sempre diz isso.
Se, de fato, não quiser, o São Paulo aspira ter um representante no lugar dele. O que é legítimo por mais que, por exemplo, o Corinthians rejeite a idéia de pronto.
A questão principal, repitamos, girará em torno dos direitos do Brasileiro-2009, disputado pela Globo e pela Record.
Os clubes maiores tendem a ficar com a primeira, os menores com a segunda. E os menores são maioria.
Os maiores (Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco) argumentam que a Globo dá maior e mais qualificada exposição aos seus patrocinadores, segunda fonte de renda deles, abaixo apenas do que faturam com a TV.
Entre os menores há quem imagine que a Record pode ajudá-los a acabar com o que chamam de ditadura dos maiores. E entre os maiores há quem queira que o mandante dos jogos fique com o dinheiro do pagar-para-ver e o visitante com o da TV aberta, o que faz sentido.
Curiosa é a situação do Vasco, cujo presidente deveria ficar com os maiores, mas que, por questões pessoais, tende a ser o grande aliado da Record, porque entre os interesses do clube e os seus jamais relutou em ficar com os dele.
Ocorre que a TV do bispo há de saber que não pegará bem tê-lo como maior aliado. Seja como for, os clubes têm grande chance para vender melhor seu peixe, numa luta que não será surda nem muda, nem muito menos transmitida em cores ou mesmo em preto e branco.
Até porque nada em nosso futebol costuma ser posto preto no branco.

blogdojuca@uol.com.br


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