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BASQUETE
Após fechar com atletismo, CEF vê quadras em má fase e corta apoio
CBB perde para as pistas
seu principal patrocinador
LUÍS CURRO
EDITOR-ASSISTENTE DE ESPORTE
O basquete brasileiro perdeu
sua maior fonte de dinheiro.
A CEF (Caixa Econômica Federal), principal e mais antigo patrocinador da CBB (Confederação
Brasileira de Basquete), não mais
dará apoio ao bola-ao-cesto. No
ano passado, o último do contrato, o repasse foi de R$ 2 milhões.
A decisão foi sacramentada no
início deste mês, quando a instituição mudou seu enfoque de investimentos na área esportiva e
trocou o basquete pelo atletismo.
O presidente da CBB, Gerasime
Bozikis, o Grego, foi a Brasília anteontem para um último esforço
de convencimento junto à direção
da estatal -não obteve sucesso.
A CEF disse, por meio de sua assessoria, que a opção pelo atletismo ocorreu "devido a esse esporte ser mais popular que o basquete, ter mais relação com o público
da Caixa [classes C e D", além de
poder trazer mais resultados
olímpicos e de cidadania, como tirar crianças da rua, para o país".
Luiz Antônio Arrochela Lobo,
executivo da CEF, disse que também influenciou na decisão a má
fase que o basquete atravessa (leia
quadro ao lado). "Exceção feita ao
feminino em alguns momentos,
não tem tido bons resultados."
Na última Olimpíada, em
Sydney-2000, o basquete arrebatou um bronze, no feminino
-superando as expectativas do
momento, mas caindo um degrau
em relação a Atlanta-96, quando
foi prata, também no feminino.
O atletismo, por sua vez, obteve
uma prata nos Jogos australianos,
com o revezamento 4 x 100 m rasos -menos do que o esperado,
mas uma performance superior à
dos Jogos nos EUA, quando foi
bronze na mesma modalidade.
A CEF foi patrocinadora oficial
do basquete nacional a partir de
1993, encerrando o repasse de
verbas em 2000. O contrato com a
CBAt (Confederação Brasileira de
Atletismo), anunciado em 3 de
abril, tem duração de um ano -o
valor é de R$ 1,5 milhão.
"É um custo adequado para o
investimento em marketing esportivo dentro da nossa realidade", declarou Arrochela Lobo.
Do total investido, R$ 526 mil
serão destinados diretamente a
atletas e treinadores -no basquete, a CBB era a intermediária e
decidia o destino do dinheiro.
A expectativa da CEF é de beneficiar, por intermédio de uma ajuda de custo mensal, cerca de 70 esportistas, entre atletas de ponta e
promessas. O banco também patrocinará vários eventos do calendário nacional e internacional.
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