São Paulo, quinta-feira, 26 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CARLOS SARLI

Maré a favor/b>

A canoa havaiana ganha força no Brasil, e uma dupla do país irá participar de uma travessia lendária no Pacífico

O MOLOKAI Hoe Outrigger Championship é a meta da maioria dos atletas de uma modalidade nova por aqui, a canoa havaiana. A travessia, feita na fina embarcação apoiada num flutuador, é lendária e vai de Molokai até Oahu, num percurso de 70 km. Desde 1952, o Outrigger Canoe Club of Oahu e o Waikiki Surf Club -os dois maiores vencedores da competição- pelejam para saber quem é o melhor nas ilhas do Pacífico.


A categoria OC6 (canoa para seis atletas) é a mais tradicional, mas correm por fora a OC1 e a OC2 -individual e com parceiro, respectivamente. "O percurso é de uma ilha a outra, sem abrigo de montanhas ou pedras", conta Alessandro Matero, o Amendoim, canoísta da equipe SOS Mata Atlântica, que treina na raia da USP, em São Paulo. "Tem muita influência de corrente e muito vento." Alessandro embarca em 10 de maio para o Havaí, vai correr o Molokai -que acontece no dia 20- na categoria OC2, ao lado de outro brasileiro, Ernesto Simões. Segundo ele, é "a primeira dupla brasileira a disputar o Molokai na OC2". Com sua equipe, a SOS Mata Atlântica, Alessandro ficou em segundo lugar na primeira etapa do Circuito Brasileiro de canoas havaianas. A competição, realizada no último sábado, é um dos percursos mais longos do mundo, com 75 km, e fica em Santos. Batizado de Volta à Ilha Sto. Amaro, mais conhecida como Guarujá, o desafio foi vencido pela equipe Tribo Q Pira/98 FM, que remou através de mar, rio e do porto de Santos por seis horas e 17 minutos e, favorecida pela condição do mar, bateu o recorde da prova. Evoluindo rapidamente, a categoria, com suas canoas de fibra de vidro, pode chamar a atenção dos comitês olímpicos. "Queremos fazer uma demonstração durante o Pan do Rio", diz Alessandro. "Estamos trabalhando junto com a CBCA [Confederação Brasileira de Canoagem] para isso." A modalidade é praticada no Brasil desde 1998, e o primeiro campeonato nacional aconteceu em 2001. Neste ano, pela primeira vez, haverá um circuito, já confirmado com três etapas. "Antes, sabíamos das competições com um mês de antecedência", esclarece o canoísta. Para o próximo ano, o calendário já está formatado com antecedência. A Volta à Ilha de Sto. Amaro, por exemplo, será em janeiro. Neste ano, restam ainda as etapas de Cabo Frio (RJ), em julho, e Florianópolis (SC), em outubro. Enquanto o comitê não aprova a canoa havaiana para ser esporte olímpico, o Molokai, além da tradição, ainda é o mais importante torneio da modalidade, dando US$ 25 mil em prêmios. Os brasileiros, mesmo tendo como motivação só medalhas no circuito nacional, estão treinando forte. Unidos, querem formar a primeira equipe OC6 100% brasileira e disputar a prova havaiana -e, como já rola no surfe do arquipélago, intrometer-se na velha rixa entre os outrigger clubs havaianos.

MUNDIAL DE SURFE - WQS
A segunda etapa seis estrelas "prime Location" ocorreu em Durban, África do Sul, e foi marcada por um show de aéreos. Luke Munro (AUS) levou a melhor, seguido pelo local Jordy Smith. Na Expression Session, Heitor Alves voou mais alto. Neco Padaratz ficou em quinto e é o segundo no ranking.

SKATE - BR DE MINIRRAMPA
Entre campeões mundiais, brasileiros e aspirantes, o Red Nose Attack Pro teve que ser ampliado. Ferrugem, Piolho e a brasileira campeã mundial Karen Jones estão entre os 66 inscritos da prova, que começa amanhã em Caçapava.

MUNDIAL DE KITESURFE
A primeira etapa da PKRA foi na Isla Margarita (VEN). A brasileira Bruna Kajiya e o tri mundial Aaron Hadlow saíram na frente.

sarli@trip.com.br


Texto Anterior: Substituto de Willian joga como Roger
Próximo Texto: CBF acaba com "obras sociais"
Índice

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.