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VÔLEI
Bernardinho faz novas alterações, e time derrota a Alemanha por 3 sets a 1
Brasil evolui e ganha a 2ª na Liga
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com uma evolução nítida em
relação ao jogo anterior, a seleção
brasileira obteve ontem sua segunda vitória sobre a Alemanha
na Liga Mundial de vôlei.
Melhor em todos os fundamentos, a equipe do técnico Bernardinho marcou 3 a 1 (25/16, 23/25, 25/13 e 25/14), no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e assegurou o segundo lugar do Grupo B.
A principal evolução aconteceu
no bloqueio. Ontem, o time anotou 19 pontos no fundamento,
contra apenas sete no sábado.
No ataque, o Brasil marcou um
ponto a mais (43), mesma diferença obtida no saque (5).
O time também errou menos
(cedeu 22 pontos contra 27 do
primeiro jogo) e apresentou melhor desempenho na defesa e na
cobertura. Atento, conseguiu recuperar bolas importantes barradas pelo bloqueio russo.
A equipe, no entanto, pecou novamente pela falta de concentração. Relaxada após vencer com facilidade o primeiro set, sofreu
com o saque e o bloqueio dos alemães e caiu na segunda etapa.
"Fomos bem, mas falta muito.
Não voltaremos ao velho ritmo
num passe de mágica. A gente só
vai se achar durante o campeonato", disse o líbero Escadinha.
A melhora no jogo também evidenciou como está acirrada a disputa por uma vaga de titular.
O ponta Nalbert, que treinou só
por uma semana, começou no lugar de Giovane. Com o capitão, o
time ganhou volume de jogo, mas
perdeu potência de ataque.
"Se ele não treinar superbem, leva desvantagem. O Giovane está
mais rápido", disse Bernardinho.
No meio-de-rede, Rodrigão
substituiu Henrique no segundo
set e não saiu mais. Já o oposto
Anderson, reserva no Mundial-2002, teve ótima atuação, foi o
maior pontuador do jogo -20
pontos- e acumulou mais argumentos para se firmar no time, no
lugar de André Nascimento.
Até a disputa entre os levantadores, apesar de Maurício ter entrado pouco para substituir Ricardinho, ganhou novos ares.
No ginásio do Ibirapuera, a torcida gritou o nome do antigo dono da posição nos momentos em
que a equipe não esteve bem.
"Comigo era igual. Eu não podia jogar um set que já começavam a pedir o William [principal
titular da seleção nos anos 80]",
recordou Bernardinho, que viveu
situação semelhante à de Ricardinho quando era jogador.
"Um grande atleta tem que lutar. Não posso exigir alegria, mas
posso exigir dedicação. É essa a
postura que quero do Maurício."
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