São Paulo, sexta-feira, 26 de maio de 2006

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Marcelinho não salva o Corinthians

No reencontro do time com seus torcedores após queda na Libertadores, meia joga bem, mas Inter é mais eficaz e vence

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians esperou quase um mês para reencontrar sua torcida. Mas, apesar de ter como trunfo a estréia de Marcelinho e o fato de vir de duas vitórias fora de casa, o time patinou, sentiu a falta de atacantes natos e caiu diante do Inter.
A derrota por 1 a 0, a quarta no Brasileiro, estacionou o clube alvinegro nos nove pontos, enquanto o Inter chegou aos mesmos 16 pontos do líder Cruzeiro e do Fluminense.
Nem o confronto entre o campeão e o vice do Brasileiro nem a estréia de Marcelinho foram capazes de atrair os corintianos, que eram pouco mais de 7.000 no Morumbi, escolhido como palco do duelo para evitar reações da torcida como a da eliminação da Libertadores.
Marcelinho surpreendeu, em especial no primeiro tempo.
Após a defesa corintiana cometer sucessivas falhas de posicionamento e permitir que Tinga abrisse o placar aos 13min, aproveitando cruzamento de Fernandão, o meia corintiano chamou a responsabilidade do jogo.
Talvez por isso a torcida, que vira o árbitro anular corretamente gol de Fernandão aos 3min de jogo, tenha evitado críticas ao time, apoiando-o.
Mesmo após seis meses sem atuar, Marcelinho, como atacante, voltou para buscar jogo, ajudou na marcação e iniciou os ataques. E por pouco não fez a torcida festejar quando chutou colocado, da entrada da área, e viu a bola sair rente à trave, numa das sete finalizações que fez na primeira etapa -foi quem mais chutou, quem mais cruzou e quem mais sofreu faltas no time corintiano.
Mas o ímpeto não se manteve na etapa final. E os corintianos atacavam sem coordenação e só não sofreram mais gols graças a defesas de Silvio Luiz.
"Falta ritmo. Estou descoordenado. Mas acho que fui bem. Estou feliz. Encontrei um ambiente de respeito, amizade e harmonia. Nada do que falaram quando cheguei. Quero colaborar. Se serei atacante ou meia, é o Geninho quem decidirá. Quero é me desdobrar para entrar em forma", falou Marcelinho.
Quando ele cansou e Roger se mostrou apático, o Corinthians só ameaçou em lances individuais -o melhor deles foi um chute do lateral Eduardo, que passou rente à trave.
Assim, o jogo que seria a festa para um ídolo acabou com gosto amargo para o time e sem a convicção de paz com a torcida.
Para piorar, no domingo, o Corinthians tem um clássico pela frente. O adversário será o Santos de Vanderlei Luxemburgo, na Vila Belmiro
E Geninho vai ter problemas para escalar o time, já que o meia Roger, o zagueiro Marcus Vinícius e o volante Marcelo Mattos receberam o terceiro amarelo e terão que cumprir suspensão.


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