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JUCA KFOURI
Depressão pós-Libertadores
São Paulo e Santos, como era previsível, curtiram suas ressacas ontem. E se pegam no domingo que vem
O FUTEBOL cobra, lembrou dia
desses Muricy Ramalho.
Como cobrou do seu São
Paulo e do Santos, tanto no Morumbi quanto no Mineirão. Sabe-se lá
quanto cobrará na Vila Belmiro, na
próxima rodada, no San-São.
Seja o preço que for, basta!
É mais que hora de os dois times
se concentrarem no Brasileirão.
O tricolor jogou discretamente no
1 a 1 com o Coritiba e até teria merecido a vitória não fosse o fato de o árbitro, no fim do jogo, ter deixado de
marcar pênalti de Alex Silva em Rubens Cardoso. Visivelmente doído e
sem alegria, diante de só 5.000 torcedores, o São Paulo precisa pensar
as feridas abertas na Libertadores.
Já o Santos levou de 4 a 0 do Cruzeiro em um jogo em que até criou,
embora o time mineiro tenha sido
superior exatamente na medida publicada no placar. Também deprimido, o Santos mostrou uma estranha
calma, talvez menos calma e mais,
na verdade, conformismo, letargia,
como se tivesse sido anestesiado.
Quiseram os santos que eles se encontrem na Vila. Que reajam.
A máscara
A distância entre o Verdão e a Lusa é a de um time campeão estadual
para outro que ficou em décimo.
Como estava escrito que paulistas não venceriam nesta rodada, o 1
a 1 foi desastroso para o salto alto
palmeirense. Como foi desastrosa a
arbitragem, que, nos oito primeiros
minutos, deixou de marcar três pênaltis, dois para a Portuguesa e um
para o Palmeiras.
O jogo
O jogo do ano para o Corinthians
é o desta quarta, contra o Botafogo.
Se passar, terá, é verdade, mais
um, o decisivo da Copa do Brasil.
Que, nunca é demais repisar, se
vencida, poderá fazer de 2008 um
ano agradavelmente inesquecível
para os corintianos, ao contrário do
que estava previsto para ser apenas
a temporada da provação.
O estádio
O Maracanã é o palco.
Depois de abrigar o extraordinário Fluminense x São Paulo, no sábado recebeu outro jogo muito
bom e quase tão dramático, entre
Flamengo e Inter, times que já estão concentrados só no Brasileirão.
Que promete, tão logo terminem
a Libertadores e a Copa do Brasil.
O tenista
Guga parou.
Começa a lenda.
Com quatro letras.
Como Mané.
Como Pelé.
C'est fini.
Merci.
Está tombado.
Muito obrigado.
O senador
Não conhecia pessoalmente o senador Jefferson Péres e só nos vimos uma vez. Em um corredor do
Senado, na CPI do Futebol, em
2000. Ele se aproximou, apertou
minha mão e disse, mais ou menos
assim: "Menino, isso não vai dar em
nada. Você está dando murro em
ponta de faca. Mas não faz mal.
Gosto de apertar mãos que sangram por esmurrar pontas de faca".
Pois é. Foi o que ele passou a vida
inteira fazendo. E ainda me chamou de menino... Que falta já faz!
blogdojuca@uol.com.br
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