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Rivais erram a mão nas contratações
Mais da metade dos 23 nomes trazidos por São Paulo e Palmeiras em 2010 passará longe do clássico de hoje
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
São Paulo e Palmeiras contrataram muito em 2010. Não
que isso tenha sido benfeito.
Hoje, por exemplo, nem sequer metade das 23 aquisições estará em campo, a partir das 20h30, no Morumbi.
Basicamente, ambos os
clubes erraram a mão. A diferença é que no primeiro o excesso está sendo descartado.
Já no segundo ele virou solução para algumas carências.
O mandante do clássico
desta noite superlotou seu
centro de treinamento com a
vinda de 12 novos jogadores.
Desses, apenas quatro são
titulares no time atual. Alguns, como o zagueiro André
Luis, cansaram de esquentar
o banco de reservas e pediram para sair -ele foi negociado com o Fluminense.
Outros três (Cleber Santana, Léo Lima e Marcelinho
Paraíba) devem seguir o mesmo caminho e buscar vagas em outras equipes.
Carlinhos Paraíba já foi até
utilizado como moeda de troca na transferência de Fernandão, mas o Goiás recusou
alegando problemas físicos.
O lateral Carleto fez uma única exibição, no Estadual.
Do "pacotão", portanto, sobram o zagueiro Xandão e o
atacante Fernandinho, que
têm recebido chances frequentes na formação titular.
"Não acho que houve erro
algum. O São Paulo se reforçou no início da temporada
em posições que achava que
havia necessidade durante o
ano. Não fomos mal", defende-se o diretor de futebol
João Paulo de Jesus Lopes.
O goleiro Rogério preferiu
citar a concorrência para explicar o problema com os
"excluídos". "Há muitos jogadores bons para caramba
no São Paulo. Mas em um time só jogam 11", afirmou.
No Palmeiras, não se trata
de muita opção para pouco
espaço. O problema foi a concentração da qualidade para
uma mesma posição.
Só no meio-campo, por
exemplo, foram contratados
cinco jogadores, de um total
de 11, sendo que Pierre, Cleiton Xavier e Diego Souza,
que já estavam no grupo e tinham lugares cativos na
equipe. Mesmo com a saída
do segundo, restam apenas
duas vagas para cinco -Edinho, Marcos Assunção, Márcio Araújo, Ivo e Lincoln.
Por outro lado, falta talento ao ataque, razão pela qual
a diretoria continua em busca de alternativas mesmo
após ter recebido dois nomes
-Bruno Paulo e Paulo Henrique- da Traffic. Ambos figuram entre os reservas.
"Nossa carência principal
é de atacantes, precisamos
de dois", disse o diretor de futebol Seraphim Del Grande.
Kleber, do Cruzeiro, continua na pauta dos dirigentes, assim como Farías, do Porto.
Por ora, Ewerthon é a única referência ofensiva do time.
Assim, quem sobra no
plantel cumpre outras funções. Com Antônio Carlos,
Márcio Araújo virou lateral
para suprir falta de Figueroa.
Colaborou EDUARDO OHATA
Folha.com
Palmeiras não ganha
do São Paulo no
Morumbi há 8 anos
folha.com/101459
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