MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL

Dez anos atrás, campeão olímpico, ele foi resgatado da Itália para assegurar o brilho do Campeonato Nacional e manter aceso o interesse dos brasileiros no vôlei.
Agora, campeão mundial, Maurício, 35, faz o caminho inverso. Após dez anos no Brasil, vai engrossar a lista de estrelas da seleção no exterior. O levantador assinou por uma temporada com o Montichiari, da Itália. O time foi décimo no último Italiano.
Com ele estarão Giba (Cuneo), Dante (Modena), Nalbert (Macerata) e Gustavo (sem time confirmado). Anderson deve ficar no NEC (JAP). Metade da seleção jogará fora do Brasil em 2003/2004.
A debandada é semelhante à que ocorreu após o ouro em Barcelona-92. Mas, no ano seguinte, preocupada com a queda do interesse pelo vôlei, a confederação decidiu repatriar os atletas.
Em parceria com o Banco do Brasil, a CBV investiu US$ 2 milhões por ano até Atlanta-96 para ter de volta Tande, Carlão, Marcelo Negrão, Giovane e Maurício.
A ida do levantador à Itália coincide com seu momento delicado na seleção. Praticamente intocável por 14 anos, ele deu lugar a Ricardinho, que também o substituiu no Minas. Com o time mineiro, Maurício ganhou dois de seus seis títulos nacionais.
Os dois atletas estão com a seleção, em Betim (MG), onde a equipe joga amanhã e no sábado, contra Portugal, pela Liga Mundial.


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