Estrela do atacante brilha enfim e empurra Brasil à vitória por 3 a 2 e à final da Copa das Confederações

FÁBIO VICTOR
PAULO COBOS
ENVIADOS ESPECIAIS A NUREMBERG

Adriano fez o primeiro gol do Brasil na Copa das Confederações, contra a Grécia, e depois sumiu no torneio. Reapareceu na hora certa, em grande estilo. Graças ao camisa 9, que marcou dois gols e sofreu o pênalti que resultou em outro, a seleção bateu a Alemanha por 3 a 2, ontem, em Nuremberg, pela semifinal.
A decisão, na quarta-feira, em Frankfurt, será contra o vencedor do confronto Argentina x México, hoje em Hanover. O Brasil tenta seu segundo título na Copa das Confederações, prévia do Mundial-2006 com os campeões continentais. Venceu em 1997 e desde 1999 não chegava à final.
O técnico Carlos Alberto Parreira, que com time misto havia caído na primeira fase da edição de 2003, manteve ontem o quarteto ofensivo, cuja escalação fora colocada em dúvida. O Brasil criou muitas chances nos 90 minutos, mas esteve também muito exposto atrás. Sorte que havia Adriano.
"Eu me questiono muito sobre as minhas atuações, sempre me cobro demais. Talvez por isso não estivesse muito simpático nos últimos dias", afirmou o destaque da partida, que foi endeusado pelos alemães nos vestiários.
Apesar de tudo, o craque da Inter, considerado por Parreira o parceiro ideal de Ronaldo para 2006, diz que ainda disputa um lugar no time. "Aqui tem muitos que podem estar ao lado dele, então tem que estar bem sempre."
O técnico foi mais incisivo: "Eu sabia que ele ia decidir". Adriano aparece mais quando o jogo é de campeonato. Com os dois de ontem, soma 15 gols pela seleção, 14 desses em jogos de competição.
No primeiro confronto oficial entre os times após a final da Copa-02, a Alemanha até equilibrou o jogo, mas sucumbiu no final, apesar do propalado cansaço dos brasileiros. Manteve a sina de freguesa da seleção quando joga em seus domínios. Agora, são seis vitórias do Brasil em dez partidas.


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