Após rivais fracos, número um do país pega Soderling, 6º do mundo

DE SÃO PAULO

O brasileiro Thomaz Bellucci conseguiu aproveitar sua condição de cabeça de chave em Wimbledon. Ao ser apontado pela organização como um dos 32 favoritos ao título, o 24º do ranking evitou enfrentar nas duas primeiras rodadas um rival nas mesmas condições.
Hoje, porém, o brasileiro entra em quadra, às 9h, para encarar o sueco Robin Soderling, sexto do mundo, na disputa por vaga nas oitavas de final do mais tradicional torneio de tênis do mundo.
"Jogo duro, tenho que jogar sólido de fundo e profundo, para não dar espaço para ele tomar a iniciativa do jogo", afirmou Bellucci, que nunca enfrentou o vice-campeão de Roland Garros.
Em sua segunda participação em Wimbledon e em sua melhor campanha (caiu na segunda rodada em 2008), o brasileiro tenta quebrar um tabu contra o sueco. Em oito oportunidades, Bellucci nunca venceu um top ten.
Assim, a partida de hoje é muito diferente das que o número um do Brasil já disputou em Wimbledon em 2010. Na primeira rodada, Bellucci enfrentou o compatriota Ricardo Mello, 92º. Apesar de ter vencido o confronto com Bellucci na Costa do Sauipe, no saibro, em fevereiro, Mello não tem um bom desempenho na grama -perdeu os seis jogos no piso em grandes torneios.
O adversário da segunda rodada foi o austríaco Martin Fischer, o 164º do ranking. O austríaco ainda venceu o primeiro set e dos três que perdeu, dois foram no tie-break.
Além do nível técnico do rival, até o local da disputa é diferente. Contra Mello, Bellucci jogou na quadra 14 e com o austríaco, na 5 -onde os coadjuvantes jogam.
Hoje, o brasileiro atua na quadra 1, a segunda mais importante do complexo e onde o hexacampeão Roger Federer já jogou nesta edição.
O técnico de Bellucci, João Zwetsch, já disse que as quadras principais têm uma atmosfera diferente e que é necessário se acostumar. Ontem, em uma quadra em que está mais do que acostumado, a central, Federer venceu o francês Arnaud Clement por 6/2, 6/4 e 6/2.