Jorge Araújo/Folha Imagem

A seleção brasileira cortou ontem, por contusão, o goleiro Carlos Germano; Marcos, do Palmeiras, foi chamado

FERNANDO MELLO
enviado especial a Curitiba

Após a crise instaurada com a dispensa do meia Leonardo, a seleção brasileira teve ontem a quinta baixa de jogadores em cinco dias. O goleiro Carlos Germano foi cortado pelos médicos da comissão técnica do time de Wanderley Luxemburgo, que se prepara para disputar a Copa América.
Carlos Germano, que tentou esconder a contusão dos médicos, foi vetado por estar com um edema no joelho direito.
Para o seu lugar, Luxemburgo convocou Marcos, goleiro do Palmeiras, eleito melhor jogador da Taça Libertadores da América.
Antes de Carlos Germano, a seleção brasileira havia perdido César Sampaio e Juninho, ambos por contusão, além de Leonardo, que pediu dispensa, e Edílson, cortado por ter feito embaixadas na final do Paulista, atitude que foi condenada por Luxemburgo.
Outros dois jogadores chamados por Luxemburgo -Taffarel e Aldair- também pediram dispensa da seleção brasileira.
"Essa é uma contusão que vem desde as finais do Estadual. Não estava conseguindo me movimentar direito. Eu estava tentando esconder da comissão técnica, mas não deu. O Paulo César (Gusmão, treinador de goleiros da seleção) percebeu que eu não estava conseguindo me antecipar e logo viu que eu estava machucado", afirmou Carlos Germano.
O anúncio do corte foi feito pelos médicos José Luiz Runco e Joaquim Grava.
"Infelizmente, o Germano está com um processo inflamatório no joelho direito e não teremos tempo para solucionar o problema. Ele vai precisar de, no mínimo, dez dias para se recuperar", declarou Grava.
Gusmão afirmou que percebeu o problema de Carlos Germano apenas no treino de terça-feira.
"Eu vi que ele não estava com força para pular. Perguntei a ele o que estava acontecendo e ele me contou. Tentamos recuperá-lo, mas não houve evolução. É uma pena, porque ele é um grande goleiro", disse Gusmão.
O jogador se mostrou conformado com o corte. "Claro que fiquei chateado, mas não poderia continuar. Foi uma decisão correta, tomada em conjunto com a comissão. Se o Luxemburgo me escalasse amanhã (hoje), não teria condições. Poderia entrar e prejudicar a seleção, que é a última coisa que eu quero", disse o goleiro vascaíno.
Luxemburgo minimizou o problema do corte. "Isso é coisa que acontece no futebol, é normal. O Marcos foi fundamental para o Palmeiras na conquista da Libertadores e vai conseguir estar a altura do Germano. O titular é o Dida, mas, se precisarmos, o Marcos é um grande jogador."
O treinador afirmou que a quinta baixa em cinco dias não fará a seleção perder em qualidade. "Nós temos grandes jogadores para todas as posições. Essa série de jogadores que saíram não me assusta. Não haverá problema, continuamos com o time forte", disse ele.



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