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FUTEBOL
Jogadores, que enfrentam o Colo Colo pela Mercosul, unem-se a Ricardinho e já pensam no time sem Marcelinho
Elenco do Corinthians apóia Ricardinho
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores do Corinthians já
decidiram: vão apoiar Ricardinho
no caso da suposta mentira inventada por Marcelinho, em que
o primeiro teria sido agredido por
outros companheiros de equipe.
A decisão do grupo foi mantida
mesmo após Marcelinho divulgar
ontem em São Paulo -o meia-atacante está suspenso e por isso
não viajou com a delegação corintiana para o Chile- um manifesto em que se descreve como "o
suspeito de sempre, o mais fácil a
ser incriminado, o mordomo das
histórias policiais".
Marcelinho nega que tenha ligado para Aquiles Franzote, diretor
da TV Bandeirantes, para contar
que Ricardinho teria sido alvo de
agressões por ser o dedo-duro do
grupo na última sexta-feira.
Além de fechar com Ricardinho, que, segundo o técnico Wanderley Luxemburgo, "dá mais solidez ao time", o grupo que está
em Santiago, onde o Corinthians
faz hoje a sua estréia na Mercosul, decidiu deixar
o problema -Marcelinho- em
segundo plano, desprezando o
manifesto do jogador.
Os jogadores querem provar
para Antonio Roque Citadini, vice-presidente de futebol do clube,
que acompanha a delegação, que
podem vencer sem Marcelinho.
"Aqui ninguém está pensando
nisso [no Marcelinho]. Vamos fazer um jogo importante pelo Corinthians, uma estréia de campeonato. É muito importante para o
Corinthians ir bem na Mercosul,
estamos empenhados só nisso",
afirmou o zagueiro Batata, referindo-se à partida de hoje, contra
o Colo Colo, em Santiago.
Citadini, com outras palavras,
endossou o discurso de Batata.
"Estamos aqui [em Santiago] só
pensando no Corinthians. Só depois, quando voltarmos [para o
Brasil], vou pensar nesse caso. A
diretoria está atenta e vai agir
com seriedade no momento certo", disse o dirigente.
A postura dos corintianos é cada vez mais fria em relação a Marcelinho, apesar de alguns jogadores terem afirmado que querem
ouvir a versão do meia-atacante.
A impressão é a de que, desta
vez, a "história passou dos limites", como o próprio Marcelinho
descreve a situação no manifesto
entregue à imprensa.
Cabisbaixo, o jogador apareceu
para treinar ontem de manhã no
CT de Itaquera, mas não passou
mais de 45 minutos em campo.
A assessoria informava que ele
daria entrevista, mas o jogador foi
embora sem falar com ninguém.
Nem o meia Marcelinho nem
James Fernando Marques Arruda, seu assessor, responderam
aos recados deixados em suas secretárias eletrônicas pela reportagem da Folha.
Os dois não deixaram claro, na
nota divulgada, se o jogador vai
tomar alguma atitude contra o diretor da TV Bandeirantes (Aquiles Franzote), que, apesar de não
ser citado nominalmente, é acusado de ter caluniado o meia-atacante corintiano.
Daqui para frente, segundo a
nota divulgada ontem, Marcelinho "só vai falar de futebol".
A dúvida, que só a diretoria corintiana pode responder, é se será
sobre o Corinthians.
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