FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

Devido à presença em campo do meia-atacante Marcelinho, o Santos pretende evitar as faltas nas proximidades da área a fim de não fornecer ao Vasco, hoje, às 16h, na Vila Belmiro, a mesma arma empregada pelo Goiás no empate por 3 a 3 na última quarta.
Se não tivesse sofrido dois gols de falta naquele jogo (do zagueiro Fabão e do atacante Dimba), o time ainda teria permanecido em terceiro lugar, mas estaria a apenas um ponto do vice-líder São Paulo, que tem um jogo a mais.
"Poderíamos ter tido mais cuidado. Tomar dois gols de bola parada numa partida não é normal", reclamou o técnico Leão.
Para o treinador, o estilo dos principais jogadores do Vasco -e especialmente o de Marcelinho- é notório, e, agora, não há desculpas para se repetirem os mesmos erros individuais e coletivos que, segundo ele, proporcionaram gols ao Goiás.
"O Vasco é um time com jogadores experientes e de grande técnica individual. Não são novatos. Então, não se pode alegar desconhecimento", declarou Leão.
Os jogadores dizem ter assimilado a bronca do treinador. Parte deles estava no Santos durante a curta passagem de quatro meses de Marcelinho pelo clube, em 2001, e dizem conhecer bem a capacidade do meia-atacante de decidir uma partida por intermédio de uma cobrança de falta.
"Ele [Marcelinho] tem uma qualidade incrível para bater na bola. Se tivermos contra nós faltas perto da área, vai complicar", afirmou o meia Elano.
Marcelinho não atua na Vila Belmiro desde a última partida que fez pelo Santos, em 2001, na derrota por 2 a 1 para a Ponte Preta, pelo Brasileiro.
O estádio foi palco daquele que é considerado pelo próprio jogador o mais belo gol de sua carreira, no empate (2 a 2) entre Santos e Corinthians, em fevereiro de 1996. Na ocasião, ele aplicou um lençol na entrada da área no zagueiro Ronaldo Marconato e concluiu de primeira no gol defendido por Edinho, filho de Pelé. Extasiado, o próprio Pelé, que assistia à partida, ofereceu uma placa ao então corintiano.
Além da preocupação com Marcelinho, o Santos continuará hoje com os mesmos problemas dos últimos jogos. Sem os cinco jogadores chamados para as seleções brasileiras sub-23 e sub-20, com quatro suspensos e um machucado, o banco de reservas estará novamente incompleto, com apenas cinco atletas.
Uma das suspensões, a do lateral Léo, permitirá a volta de Rubens Cardoso à sua posição de origem. Sem espaço desde que voltou ao clube (esteve emprestado ao São Caetano e ao Palmeiras), ele tem atuado como meia.