São Paulo, domingo, 26 de julho de 1998

Próximo Texto | Índice

FUTEBOL
Festival de clássicos estaduais, como Palmeiras x São paulo, marca o fim-de-semana da competição
SP x SP, RJ x RJ, MG x MG, RS x RS, PR x PR ... é o domingo do Brasileiro

ALEXANDRE GIMENEZ
LUIZ CESAR PIMENTEL
da Reportagem Local

São Paulo x Palmeiras. O clássico paulista entre o campeão estadual e o da Copa do Brasil é apenas um dos atrativos da primeira rodada do Brasileiro-98, que nasce com cara de competição estadual.
Dos 11 jogos programados para a tarde de hoje, seis (54%) colocam frente a frente rivais do mesmo Estado. A rodada começaria ontem com Vasco x Corinthians.
Em Porto Alegre, Inter e Grêmio se enfrentam pela primeira vez no ano, já que não jogaram no Gaúcho-98. A decisão do torneio foi entre Inter e Juventude.
Em Minas Gerais, Cruzeiro e Atlético, os dois mais tradicionais no Estado, fazem o clássico local.
No Rio de Janeiro, enfrentam-se Flamengo e Botafogo.
Até mesmo um confronto regional foi marcado para a rodada de hoje: Guarani x Ponte Preta, que não se enfrentam desde maio de 95, jogam em Campinas (SP).
No Paraná, há a disputa Atlético-PR x Coritiba. Além desses, a rodada terá mais um encontro entre times do mesmo Estado: Santos x Bragantino. Os quatro jogos restantes são: Lusa x América-MG, Juventude x Paraná, Vitória x Goiás e América-RN x Sport.

Opiniões
A decisão de agendar um clássico estadual na estréia dos times pode ser visto como atrativo para o público, mas não conta com o aval de alguns dos protagonistas.
O técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, preferia encarar a responsabilidade de um confronto com o campeão estadual quando o time estivesse em melhor ritmo.
"Não gostaria que isso acontecesse agora. Preferia enfrentar um representante de outro Estado. Se tu perdes para o Flamengo, é outra coisa. Quem perder esse jogo vai trabalhar uma semana em dificuldade, fica com a semana toda ruim", afirma o treinador.
O atacante palmeirense Paulo Nunes concorda com o treinador, mas vislumbra os benefícios de uma eventual vitória.
"Há o lado bom e o lado ruim. Se sairmos com vitória, isso motiva a fazer um campeonato bom. Se perdermos, os jogadores já começam a ficar preocupados."
O meia Carlos Miguel, do São Paulo, demonstra total otimismo. "Esse tipo de rivalidade motiva o grupo", afirma o atleta.
Na verdade, a queda-de-braço entre São Paulo e Palmeiras começou durante a semana.
Os presidentes de ambos os clubes haviam acertado que a partida seria realizada no Morumbi, para favorecer algumas promoções, como entrada gratuita de crianças e meia-entrada para mulheres.
Scolari e seus jogadores chiaram em relação ao local, já que o Palmeiras tem o mando de jogo, e a diretoria voltou atrás, definindo o confronto no Pacaembu.
"Como o mando é do Palmeiras, eu não via razão para nós jogarmos no Morumbi. A diretoria agiu com muita eficiência no caso", aprovou o técnico Scolari.



Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.