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PAN-AMERICANO
Vanderlei Cordeiro conquista o ouro
Time da maratona
obtém 3 medalhas
do enviado a Winnipeg
O Brasil mostrou
que é mesmo bom
na maratona, prova
de 42,195 km, uma
das mais nobres do
atletismo. Colocou
três atletas neste Pan, e os três subiram ao pódio ontem para receber medalhas de ouro (Vanderlei
Cordeiro de Lima) e bronze (Éder
Fialho e Viviany Anderson).
A melhor marca do mundo de
todos os tempos nessa especialidade pertence a outro brasileiro:
Ronaldo da Costa (2h06min05)
registrada em agosto do ano passado, em Berlim, Alemanha. Por
causa de uma contusão, que prejudicou seu treinamento, Ronaldo decidiu não participar do Pan.
Ex-bóia-fria em Cruzeiro do
Oeste, no interior do Paraná, onde trabalhou em plantações de cana e algodão, Vanderlei, que no
próximo dia 11 completa 30 anos,
disse que a vitória no Pan estava
nos seus planos porque é uma
competição de prestígio, que ajuda a promover os atletas.
"Deixei de ganhar dinheiro em
outras corridas, concentrando tudo no Pan", falou. Este ano, planeja correr outra maratona, em
Fukuoka, Japão, em novembro.
Coelho
Vanderlei estreou em maratonas numa prova em Reims, na
França, em 1994.
Na verdade, tinha uma função
naquela oportunidade: era o
"coelho", ou seja, atleta designado para correr na frente no início
da disputa, determinando um ritmo forte de corrida para os participantes mais destacados. Mas
não se cansou, manteve o ritmo e
acabou cruzando a linha de chegada em primeiro lugar.
Ontem, ocorreu uma situação
semelhante.
"Eu pretendia arrancar para a liderança no quilômetro 30. Como
o ritmo estava fraco, antecipei e
parti já na altura do quilômetro
22. Foi ousadia mudar a tática,
mas deu certo", afirmou.
Antes do Pan, Vanderlei levou
um susto. Uma contusão no tornozelo esquerdo -o mesmo problema que o tirou da disputa da
última São Silvestre, corrida de 15
km por ruas de São Paulo- fez
com que suspendesse os treinamentos. Embora recuperado, temia que as dores voltassem.
"Não me preocupei com o tempo. Com apenas dez competidores na prova, o importante era terminar a competição. Além disso,
o vento estava forte", declarou.
Ontem, ele esperava conseguir
completar o percurso em até
2h12min, mas em nenhum momento perdeu o controle da disputa. Sua melhor marca na distância é 2h08min31, registrada na
Maratona de Tóquio.
Feminino
Na prova feminina, a brasileira
Viviany Anderson despontava
como favorita. O terceiro lugar,
no entanto, não a decepcionou.
Disse que o resultado foi um prêmio pelos três meses de treinos.
"Até o quilômetro 10, todas as
corredoras estavam juntas. Senti
muito o calor e a umidade do ar.
Por isso, decidi segurar um pouco
o ritmo. Valeu, porque me assegurou a medalha. Caso não tivesse feito isso, poderia não chegar
ao final", afirmou.
A vencedora foi a chilena Erika
Olivera, que cruzou a linha de
chegada com o novo recorde do
Pan: 2h37min41. Em segundo, ficou a colombiana Iglandi Gonzalez (2h40min06). Viviany garantiu o bronze com 2h40min55.
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