São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2005

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FUTEBOL

Astros da meta dos quatro grandes batem recordes de gols sofridos, sofrem com lesões e viram habitués da reserva

Brasileiro é pesadelo da camisa 1 paulista

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O currículo é recheado de conquistas e ótimas defesas. Mas, pelo que aconteceu até agora, é melhor apagar dele o Brasileiro-05.
Os astros do gol nos grandes paulistas vivem um inferno astral na competição. Médias recordes de gols sofridos, lesões, frangos e a desconfiança da torcida atormentam esses atletas.
No mesmo ano em que jogou no lixo a fama de pé-frio ao ganhar a Libertadores e o Paulista fazendo muitos gols, o são-paulino Rogério, 32, faz o pior dos 12 Brasileiros que já disputou.
Na campanha que coloca o São Paulo na zona de rebaixamento, Rogério tem média de 1,70 gol sofrido por jogo. Esse número é 37% maior do que a média histórica do goleiro no Nacional -no ano passado, ele foi o menos vazado da competição.
Em alguns jogos Rogério falhou, como na derrota do último sábado para o Atlético-PR.
Se Rogério ainda tem crédito de sobra pelo que já fez em 2005, o corintiano Fábio Costa, 27, e o palmeirense Marcos, 32, estão em débito total na temporada.
O primeiro chegou a ser afastado do elenco corintiano e está hoje machucado. O pentacampeão passou um bom tempo no departamento médico e, quando voltou, foi para ser reserva de Sérgio.
Fábio Costa, assim como Rogério, joga em 2005 o Brasileiro com a pior média de gols sofridos da sua carreira. Marcos só foi vazado mais do que agora na campanha de 2002, que levou o Palmeiras à segunda divisão.
"O Fábio Costa é um grande goleiro, mas está com problemas. Por isso, Marcelo é o titular agora", diz o iraniano Joorabchian, que já tentou no primeiro semestre contratar um goleiro de nome para substituir seu camisa 1.
No Palmeiras, a diretoria discute se negocia Marcos. O técnico Emerson Leão quer uma solução rápida para o caso, e esse é um dos motivos pelos quais ele mantém o goleiro no banco de reservas.
"O Marcos não tem mais o que provar. Mas ele vai voltar aos poucos", explica Leão, que foi goleiro da seleção no tricampeonato.
Além das altas médias de gols sofridos, o desempenho ruim dos astros da meta dos grandes paulistanos aparece nos números coletados pelo Datafolha.
Segundo levantamento do instituto, Fábio Costa, Marcos e Rogério não aparecem nem entre os 20 goleiros que mais defesas fazem. O são-paulino, aliás, tem, entre os quase 50 jogadores da posição que já entraram em campo, a nona menor média de defesas feitas por partida.
Se no Brasil não tinha o mesmo nome que Rogério, Marcos e Fábio Costa, o colombiano Henao, 33, chegou ao Santos com as credenciais de campeão da Libertadores pelo Once Caldas.
Com falhas gritantes, como na eliminação santista na Libertadores diante do Atlético-PR, ele foi afastado do time titular e ainda amargou uma lesão. Mauro, 27, com quem revezava, também teve falhas e deixou a vaga de titular para o novato Saulo.


Colaboraram Eduardo Arruda e Paulo Galdieri, da Reportagem Local

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