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FUTEBOL
Astros da meta dos quatro grandes batem recordes de gols sofridos, sofrem com lesões e viram habitués da reserva
Brasileiro é pesadelo da camisa 1 paulista
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
O currículo é recheado de conquistas e ótimas defesas. Mas, pelo que aconteceu até agora, é melhor apagar dele o Brasileiro-05.
Os astros do gol nos grandes
paulistas vivem um inferno astral
na competição. Médias recordes
de gols sofridos, lesões, frangos e a
desconfiança da torcida atormentam esses atletas.
No mesmo ano em que jogou
no lixo a fama de pé-frio ao ganhar a Libertadores e o Paulista
fazendo muitos gols, o são-paulino Rogério, 32, faz o pior dos 12
Brasileiros que já disputou.
Na campanha que coloca o São
Paulo na zona de rebaixamento,
Rogério tem média de 1,70 gol sofrido por jogo. Esse número é
37% maior do que a média histórica do goleiro no Nacional -no
ano passado, ele foi o menos vazado da competição.
Em alguns jogos Rogério falhou, como na derrota do último
sábado para o Atlético-PR.
Se Rogério ainda tem crédito de
sobra pelo que já fez em 2005, o
corintiano Fábio Costa, 27, e o
palmeirense Marcos, 32, estão em
débito total na temporada.
O primeiro chegou a ser afastado do elenco corintiano e está hoje machucado. O pentacampeão
passou um bom tempo no departamento médico e, quando voltou, foi para ser reserva de Sérgio.
Fábio Costa, assim como Rogério, joga em 2005 o Brasileiro com
a pior média de gols sofridos da
sua carreira. Marcos só foi vazado
mais do que agora na campanha
de 2002, que levou o Palmeiras à
segunda divisão.
"O Fábio Costa é um grande goleiro, mas está com problemas.
Por isso, Marcelo é o titular agora", diz o iraniano Joorabchian,
que já tentou no primeiro semestre contratar um goleiro de nome
para substituir seu camisa 1.
No Palmeiras, a diretoria discute se negocia Marcos. O técnico
Emerson Leão quer uma solução
rápida para o caso, e esse é um dos
motivos pelos quais ele mantém o
goleiro no banco de reservas.
"O Marcos não tem mais o que
provar. Mas ele vai voltar aos poucos", explica Leão, que foi goleiro
da seleção no tricampeonato.
Além das altas médias de gols
sofridos, o desempenho ruim dos
astros da meta dos grandes paulistanos aparece nos números coletados pelo Datafolha.
Segundo levantamento do instituto, Fábio Costa, Marcos e Rogério não aparecem nem entre os 20
goleiros que mais defesas fazem.
O são-paulino, aliás, tem, entre os
quase 50 jogadores da posição
que já entraram em campo, a nona menor média de defesas feitas
por partida.
Se no Brasil não tinha o mesmo
nome que Rogério, Marcos e Fábio Costa, o colombiano Henao,
33, chegou ao Santos com as credenciais de campeão da Libertadores pelo Once Caldas.
Com falhas gritantes, como na
eliminação santista na Libertadores diante do Atlético-PR, ele foi
afastado do time titular e ainda
amargou uma lesão. Mauro, 27,
com quem revezava, também teve
falhas e deixou a vaga de titular
para o novato Saulo.
Colaboraram Eduardo Arruda e Paulo Galdieri, da Reportagem Local
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