DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL

Atual inimigo número 1 da FPF, o São Paulo se posiciona a favor da adequação do calendário ao modelo europeu e, ao mesmo tempo, diz que os Estaduais perderam força nos últimos anos.
"Ao longo do tempo, os Estaduais foram minguando e não têm mais a repercussão que tinham no passado. Talvez o que possa dar sobrevida é mudar a forma de disputa", afirma o diretor de futebol do clube do Morumbi, João Paulo de Jesus Lopes.
"Eu não sei se isso é político, mas temos que respeitar a opinião", diz o presidente da FPF, Marco Polo Del Nero, ressaltando que os são-paulinos defendem "há muito tempo uma mudança".
Presidente do Grupo de Trabalho (GT) criado pelo Clube dos 13 para tratar a questão, o palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo também se mostra favorável a uma mudança de calendário.
"Eu acho que o problema tem que ser colocado na perspectiva correta. A questão não é de certo ou errado. É de ajustar seus interesses aos interesses dos outros. Você não pode ficar à mercê da saída de jogadores por conta de uma janela de transferências", afirma.
O presidente do Atlético- MG, Alexandre Kalil, também defende a alteração.
"É muito positivo por vários pontos. Você arma um time para o Brasileiro, e ele é mantido, com planejamento muito mais benfeito. As pré-temporadas passarão a ser rentáveis", explica.
Nos próximos dias, o GT espera se reunir com o governo federal. O Ministério do Esporte formou grupo para analisar economicamente e juridicamente as questões que envolvem uma eventual alteração do calendário.
"Com essa modificação, os clubes poderão entrar definitivamente no mapa de negócios do futebol mundial, pois poderão participar de importantes torneios preparatórios contra os principais clubes europeus. O ganho de imagem que isso acarreta é imensurável", afirma o advogado Eduardo Carlezzo, que é especialista em direito esportivo. (EAR E GA)


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