São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

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Bagunça

Sem padrão tático e com mudanças ineficazes antes e durante a partida, São Paulo , do interino Baresi, empata com Vasco e prossegue em crise

São Paulo 0
Vasco 0

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

No ataque, Fernandão é barrado por Fernandinho, substituído por Dagoberto. No meio, Cléber Santana dá lugar a Richarlyson, que começa a jogar como meia, mas se torna volante para ceder espaço a Carlinhos Paraíba.
O São Paulo atual é uma ciranda, mas não é um carrossel. A confusão de nomes de atletas e trocas de posição é um reflexo da desorganização tática exibida, de novo, no empate contra o Vasco.
O resultado mantém o time próximo da zona de rebaixamento, com 18 pontos.
Interino e sem prestígio, o técnico Sérgio Baresi decidiu inovar com uma armação com três atacantes. Para isso, trocou Marlos e Fernandão por Marcelinho e Fernandinho, como pontas.
Era uma armação para superar a retranca vascaína.
Um belo drible de Marcelinho no início e passe para conclusão de Ricardo Oliveira, defendida pelo goleiro, até dava um sinal otimista ao torcedor. Mas foi só.
Dono da posse de bola, o São Paulo quase não fez mais nada. O lance mais agudo nessa etapa foi uma cobrança de falta de Jean, de longe, que resvalou no travessão.
Se a ineficiência não bastasse, o time paulista ainda teve azar. Ricardo Oliveira saiu com dores no joelho.
Junto com Fernandão, entrou em campo Carlinhos Paraíba. A roda da ciranda girava, mas continuava a não chegar a lugar nenhum.
Os são-paulinos até podem reclamar de um puxão de camisa em Fernandão na área -o juiz Carlos Eugênio Simon não marcou pênalti.
Mas a falta de gols é resultado não de falhas da arbitragem e sim de um time que rodava a bola sem saber como ameaçar o Vasco.
Até porque o técnico PC Gusmão mostrava por que está invicto no Brasileiro: abdicou de qualquer ação ofensiva durante todo o jogo.
Os momentos de perigo são-paulinos eram resultado de esforços individuais. Como os do improvisado lateral Jean, que entrou driblando e chutou para fora.
A torcida organizada, como fizera no CT da clube, pediu a entrada de Dagoberto.
Baresi não hesitou em atendê-la. Era mais um na roda, só que nada mudava.
O São Paulo se mostrava tão confuso que nem as jogadas óbvias eram executadas. Em uma falta próxima à área, Rogério atravessou o campo. Mas foi Carlinhos Paraíba quem bateu. Para fora.
Simon apitou o final da partida, e a ciranda são-paulina parou de rodar. Irritado, Rogério chutou a bola longe.
"Dominamos o jogo, mas não criamos muitas chances", resumiu Dagoberto.
Nem o protesto da torcida foi organizado -eram fãs isolados xingando os atletas.

ANTES
Baresi escala três atacantes, com Marcelinho e Fernandinho nas vagas de Marlos e Fernandão. Cléber Santana é barrado

DURANTE
O time domina a posse de bola, mas tem dificuldades para criar chances de gol. Dagoberto entra no segundo tempo

DEPOIS
A pressão final tem a melhor chance nos pés de Marcelinho, que chuta em cima do goleiro. O time se mantém próximo da degola


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