São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

França usou atletas com suspeita de doping na Copa-98

Médico relata anomalia em testes feitos em jogadores da seleção antes do Mundial

DE SÃO PAULO

A seleção francesa que derrotou o Brasil na final da Copa-1998 contava com alguns jogadores com "análises de sangue suspeitas", segundo o médico Jean-Pierre Paclet, que trabalhou com a FFF (Federação Francesa de Futebol) entre 1993 e 2008.
A revelação está em seu livro recém-publicado, "L'Implosion" ("A Implosão").
Alguns trechos da obra foram publicados pelo jornal francês "Le Parisien".
"Exames de sangue realizados antes da Copa do Mundo mostraram anomalias em vários jogadores. Podemos ter fortes suspeitas sabendo os clubes que eles estavam defendendo, principalmente na Itália. Não sei o que eu faria no lugar de Jean-Marcel Ferret, médico da seleção francesa na época", relata Paclet em trecho do livro.
Pouco depois do Mundial, o então técnico da Roma, Zdenek Zeman, afirmou que o Campeonato Italiano parecia uma "farmácia" e acusou a Juventus de se beneficiar de substâncias para o aumento de massa muscular.
O volante Didier Deschamps, capitão da França, e o meia Zidane, craque da seleção campeã do mundo, defendiam a equipe de Turim.
Apesar das insinuações, Paclet disse que não houve nenhum caso positivo em exames para detectar EPO (eritropoietina) e outras substâncias proibidas pelo Código Mundial Antidoping.
"Como não havia nenhuma evidência, ninguém se incomodou", afirmou o médico, dando a entender que testes mais elaborados deveriam ter sido realizados.
Ferret se disse "estupefato" e se defendeu. "Minha consciência está limpa."


Texto Anterior: Ginástica artística: Daiane dos Santos será operada no pé e agora mira 2011
Próximo Texto: Coreia do Norte: Fifa finaliza as investigações sobre o país
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.