São Paulo, sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Sina

Mundial começa como prévia de Londres-2012, mas quem brilha no evento costuma fracassar depois

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

O 13º Mundial de atletismo começa hoje, às 21h (de Brasília), em Daegu, de olho nos Jogos de Londres-2012.
Com menos de um ano entre os eventos, o torneio sul-coreano é apontado como aquecimento olímpico. Mas, nas duas últimas oportunidades em que foi prévia olímpica, o Mundial teve resultados muito diferentes dos Jogos do ano seguinte nos 100 m rasos.
Imagine o superastro Usain Bolt como mero coadjuvante em Pequim-2008. Foi o que ocorreu com o jamaicano no Mundial de Osaka-2007.
O velocista nem se classificou entre os três melhores de seu país para disputar os 100 m. Nos 200 m, foi prata. "Eu tentei muito, mas, no momento, ele é imbatível", afirmou, então, Bolt sobre o americano Tyson Gay, campeão mundial também dos 100 m.
Em Pequim, Gay não passou das semifinais, e nenhum dos três medalhistas olímpicos esteve na final em Osaka.
O mesmo ou algo parecido (não conseguir completar a maratona ou o decatlo) aconteceu em outras três provas.
Entre as mulheres, isso ocorreu só uma vez em Pequim. Em Atenas-2004, porém, nenhuma das medalhistas dos 100 m e 200 m estava entre as oito melhores na prova no Mundial de Paris-2003.
No masculino, quem foi ao pódio nos 100 m, nos 200 m e nos 400 m também não foi finalista um ano antes. Na organização, o Mundial de Daegu deve servir de prévia para Londres-2012 em dois aspectos. A Iaaf, órgão que rege o atletismo mundial, fará exames de sangue em todos os 2.000 competidores.
É o primeiro passo para a implantação do passaporte biológico, que cria parâmetros para monitorar o perfil hematológico dos atletas, detectando substâncias proibidas e alterações no sangue que possam indicar seu uso.
A Iaaf também enxugou o programa de provas. "No passado, tínhamos quatro baterias nos 100 m [para definir o campeão]", disse Paul Hardy, diretor da Iaaf. "Agora, teremos preliminar apenas com aqueles que não têm índice."
Assim, os atletas que chegarem à disputa por medalha correrão só três vezes (eliminatória, semifinal e final).
Atletas sem índice vão ao Mundial graças à regra da Iaaf que permite que cada país tenha pelo menos um homem e uma mulher em uma prova -a maioria escolhe os 100 m.
Cerca de 34 atletas disputarão quatro séries preliminares e só o melhor de cada uma avançará para a eliminatória.
O novo formato fará sua estreia olímpica em Londres-12.

Com as agências de notícias



Texto Anterior: Federação de SC veta faixa contra cartola
Próximo Texto: Com próteses, sul-africano faz história e sonha com Olimpíada
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.