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BASQUETE
Com raras contusões, Jordan jogou 93% de todas as partidas possíveis
Idade e lesões desafiam fama de "homem de ferro"
DA REPORTAGEM LOCAL
Costelas quebradas, tendinite
no joelho e dores nas costas. Aos
38 anos, uma lista de problemas
físicos vai desafiar, no seu novo
retorno às quadras, a fama de
"homem de ferro" que marcou a
carreira de Michael Jordan.
Nas 13 temporadas que disputou com o Chicago Bulls, ele só teve uma contusão grave, no campeonato de 1985/1986, quando
disputou só 18 das 82 partidas pelo time do Estado de Illinois.
Em toda sua carreira, Jordan
atuou em 93% de todos os compromissos de sua equipe.
O ápice da forma física e da falta
de lesões para o astro aconteceram principalmente depois dos
30 anos, quando a maioria esmagadora dos atletas começa a sentir
o peso da idade. Quando encerrou sua primeira aposentadoria,
em 1995, Jordan tinha 32 anos.
A partir desse momento e até
1998, quando novamente parou
depois de conquistar seu sexto título na NBA, não ficou fora de nenhum dos 263 jogos que o Chicago Bulls disputou em temporadas
regulares nesse período.
Agora, para jogar em um nível
parecido com o do resto da carreira, Jordan fez um minucioso plano, atrapalhado apenas pelas contusões, principalmente as duas
costelas quebradas em junho, o
que o deixou fora das quadras e
dos treinos por um mês.
O projeto da maior estrela da
história do basquete de voltar às
quadras pela segunda vez começou em meados do ano passado.
Inicialmente, Jordan começou a
treinar para perder peso. Depois
que parou de jogar, com a vida de
cartola, muito golfe e charutos, ele
engordou quase 14 kg.
Depois de alguns meses, transformou o que era apenas um
"spa" em planos concretos de voltar a jogar profissionalmente.
Como primeiro passo, contratou o técnico Doug Collins, com
quem trabalhou no início da carreira em Chicago, para treinar o
Washington Wizards.
Na sequência, usou seu prestígio para treinar com alguns dos
atuais astros da NBA, a fim de testar sua forma física e de saber se
era capaz de jogar em alto nível.
No verão norte-americano, Jordan bateu bola com gente do gabarito de Penny Hardaway, do
Phoenix Suns, Antoine Walker,
do Boston Celtics, e Michael Finley, do Dallas Mavericks.
Foi em uma dessas práticas que
Ron Artest, do Chicago Bulls,
quebrou suas costelas.
O que impulsionou também a
decisão positiva sobre voltar às
quadras foi o retorno ao esporte
de outro mito dos EUA.
Quando Mario Lemieux voltou
ao hóquei sobre o gelo aos 35
anos, depois de mais de três anos
de aposentadoria, Jordan ficou
ainda mais empolgado com a
ideia de jogar novamente na NBA.
Na reta final da sua preparação
para novamente brilhar, o ex-astro do Chicago Bulls contará com
uma vantagem em relação ao seu
retorno anterior, seis anos atrás.
Em 1995, ele recomeçou sua carreira no final da temporada, sem
uma preparação adequada. Sem
um bom condicionamento e a
tradicional camisa 23, teve performance modesta e viu seu Chicago
ser eliminado pelo Orlando.
Agora, Jordan vai fazer toda a
pré-temporada com o Washington. No próximo dia 2, ele vai estar com o resto do time na Carolina do Norte, Estado escolhido para abrigar os treinos da equipe.
Caso seja seu desejo e do treinador, já poderá estar em quadra no
primeiro jogo preparatório do time, que está marcado para o dia
11, contra o Detroit Pistons.
A estréia oficial do Washington
na temporada 2001/2002 acontece
no próximo dia 30 de outubro, em
Nova York, contra os Knicks, no
Madison Square Garden.
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