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JUCA KFOURI
O mês dos craques
Se maio é o mês das noivas
e agosto o mês do desgosto, outubro é mesmo o mês
dos gênios do futebol
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OUTUBRO COMEÇA celebrando,
em seu primeiro dia, o nascimento de George Weah, o liberiano que foi eleito melhor do
mundo, em 1995, pela Fifa.
E termina festejando o nascimento de Dunga, que, se não foi craque, e
não foi, ao menos foi um jogador
fundamental para o tetracampeonato em 1994.
Só que entre o dia 1º de outubro de
Weah e o dia 31 de Dunga, uma porção de craques raros vieram à luz para alegrar estádios do mundo todo.
A começar, é claro, por Pelé, no dia
23. A continuar com Mané Garrincha, no dia 28, embora tenha sido registrado com data errada, de dez dias
antes, e a terminar com Diego Armando Maradona, no dia 30.
Hoje, por sinal, isso mesmo, é o
Dia da Criação do Futebol.
Porque foi em 26 de outubro de
1863 que, depois de seis exaustivas
reuniões, na Freemason's Tavern,
em Londres, foram aprovadas as 17
regras do futebol e foi fundada a federação inglesa de futebol, a FA
(Football Association).
O simples fato de outubro ser o
mês de Pelé, Garrincha e Maradona,
os três melhores de todos os tempos,
já bastaria.
Mas não. Tem mais.
É, tem Careca, no dia 5.
Revelado pelo Guarani e brilhado
no São Paulo e no Napoli, era um
centroavante raro, que não se limitava a fazer gols, tão fino o trato que
dava à bola, de estilista nato.
Tão bom, mas tão bom, que há
quem o considere até melhor que
outro fora de série da mesma posição, o holandês Marco van Basten,
melhor do mundo da Fifa em 1992,
que nasceu no dia em que Dunga
completou um ano de vida.
Entre os monstros de outubro,
tem ainda o cerebral Sir Bobby
Charlton (11), o meia francês Kopa
(13), o Rei de Roma Paulo
Roberto Falcão (16), o zagueiro uruguaio Darío Pereyra (19), o ponta-esquerda espanhol Gento (22) e
o chileno Don Elias Figueroa (25).
Convenhamos que é um mês e
tanto, muito mais que um simples
mês, um portento.
E não se queixe de não haver goleiros, porque goleiros também há,
desde o lendário uruguaio Máspoli
(12), campeão mundial em 1950, no
Maracanã, como o brasileiro Dida
(7), campeão mundial, na reserva,
em 2002 pela seleção brasileira, e de
clubes, como titular, e com direito a
defender pênalti na final, pelo Corinthians em 2000.
De quebra, foi em outubro, dia 11,
que o Santos ganhou seu primeiro
título mundial, em Lisboa, ao golear
o Benfica por 5 a 2 naquela que Pelé
considera a melhor partida de que
participou em toda sua vida. E foi
num 13 de outubro, no Morumbi,
que o Corinthians saiu da fila de 22
anos de jejum.
Difícil montar um time só com jogadores de outubro, mas o ataque já
vem pronto, com Mané, Pelé e Gento, dois pontas de verdade, bem
abertos, e um Rei.
No gol Máspoli, na lateral direita
Augusto (22), capitão do Brasil na
Copa de 1950, na zaga Darío Pereyra
e Figueroa, e, deslocado na lateral
esquerda, Dunga; e um meio-campo
imbatível, com Falcão, Bobby Charlton, Kopa e Maradona. Como técnico, o francês Arsène Wenger, exatos
16 anos mais moço que Gento.
Viva outubro!, mês da volta do Timão à primeira divisão.
blogdojuca@uol.com.br
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