São Paulo, segunda-feira, 26 de novembro de 2007

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JUCA KFOURI

Quando surge alviverde impotente


Faltou força ao Palmeiras no segundo tempo. Mas, antes, o time foi muito prejudicado pela arbitragem

SE O PALMEIRAS não for para a Libertadores, terá toda razão em botar na conta do árbitro carioca Wagner Tardelli. Que foi um desastre.
Anulou um gol legítimo de Makelele e validou um gol iniciado com falta pelo colorado Iarley, ambos no primeiro tempo.
Nem mesmo o lindo gol de bicicleta de Rodrigão serve para amenizar a bronca alviverde, aquela impotência que bate quando se é vítima de uma injustiça, duas no caso.
É verdade que o Palmeiras não jogou com a força que dele se esperava e que foi envolvido pelo melhor futebol do Inter.
Mas só sendo santo para se conformar com erros tão evitáveis e que põem em risco o trabalho, e o investimento, de toda a temporada.
Difícil dizer quando, mas um dia a Fifa haverá de se convencer de que o auxílio da arbitragem eletrônica se tornou obrigatório diante do avanço tecnológico em pleno século 21, para minimizar a cada vez mais flagrante diferença entre o jogo do campo e o da TV - meio pelo qual a maioria vê as partidas.

Festa completa
Dois desvios de bola quase desviaram também a festa da entrega da taça de campeão brasileiro ao São Paulo, no Morumbi.
Primeiro foi Breno, depois foi Hernanes, e era tamanha a apatia tricolor ao tomar dois gols antes dos primeiros 20 minutos que parecia impossível uma reação.
Mas o segundo tempo foi outro jogo, tão diferente com a entrada de Borges no lugar de Dagoberto, que, na verdade, se o 2 a 2 ficou de bom tamanho para não aguar a comemoração, na verdade a virada teria sido ainda mais justa, tantas foram as chances criadas pelo segundo pentacampeão brasileiro.
Que, aliás, de feio neste Brasileirão só fez a tal camisa do penta único, provocação burra, antiética e que apenas mostra que a direção são-paulina é igual às demais, do tipo que quer levar vantagem em tudo, um novo tipo de marketing de emboscada, mas pelas próprias costas, tiro pela culatra. Uma pena.

Virada de matar
O Santos, primeiro, quase matou seu torcedor de raiva, com um primeiro tempo em que foi dominado pelo Paraná Clube e só não saiu com desvantagem maior que o 1 a 0, em falha de Fábio Costa, porque o próprio goleiro não deixou.
Parecia um time sem nenhuma pretensão, desinteressado.
Já no segundo tempo o Santos quase matou seu torcedor do coração. Mas de alegria.
Porque tomou o segundo gol em novo erro de Fábio Costa, mas encontrou na cabeça e nos pés de Kleber Pereira o salvador da pátria, numa virada improvável e comovente, que garantiu vaga na Libertadores, assim como o Flamengo, no embalo de sua massa, também a conseguiu categoricamente.
Os três gols de Kleber Pereira e a vitória do Flamengo deixaram apenas uma vaga para ser disputada por Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio.
E o Galo vira o fiel da balança para dois paulistas, o Corinthians na luta para não cair, que depende dele diante do Goiás, nesta quarta.
E o Palmeiras que, em casa, o enfrenta na última rodada.

blogdojuca@uol.com.br

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