São Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

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Com Muricy, Palmeiras perde força em casa

Treinador vê equipe cair no Parque Antarctica em relação aos antecessores

Desde a passagem de Caio Júnior pelo clube, em 2007, equipe não oscilava tanto no palco que receberá duelo crucial contra o Atlético-MG

RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Se o "fator casa" for a esperança do Palmeiras ante o Atlético-MG, no domingo, é bom o clube rever esse conceito.
Com Muricy Ramalho, o time experimenta aproveitamento irregular em seus domínios se comparado com os outros técnicos que o dirigiram no Brasileiro, Vanderlei Luxemburgo e o interino Jorginho.
Em dez jogos em casa com o atual técnico tricampeão nacional, o Palmeiras venceu cinco, empatou quatro e perdeu um (63,3% de aproveitamento). Na curta passagem de Jorginho (sete confrontos) pelo cargo, o time atuou três vezes diante de sua torcida, com duas vitórias e um empate (77,8%).
Luxemburgo obteve desempenho igual ao de Jorginho, porém com muito mais apresentações no Parque Antarctica. Só neste ano ele comandou o Palmeiras em casa em 18 oportunidades. Conseguiu vencer 13, empatou três e perdeu duas.
Somados os jogos com ele no banco na temporada passada, foram 46 duelos -33 triunfos, sete empates e seis derrotas (76,8% de aproveitamento).
Desde Caio Júnior, técnico do time em 2007, o Palmeiras não oscilava tanto em casa. Naquele ano, dos 28 duelos em seu estádio, o clube ganhou metade, empatou sete e foi batido em sete ocasiões (58,3%).
Na atual fase, muito da queda palmeirense no torneio tem a ver com os tropeços em casa.
Dos últimos quatro rivais que o visitaram, o time só venceu um, o Goiás (4 a 0), em 29 de outubro. Empatou com Avaí e Sport (ambos por 2 a 2) e perdeu para o Flamengo por 2 a 0.
A partida contra o Atlético- -MG, crucial para o clube, representará a despedida do Palmeiras de sua torcida em 2009.
Para tentar encher a casa, a diretoria reduziu pela metade o preço do ingresso no setor mais barato do estádio, a arquibancada -de R$ 40 para R$ 20.
O último duelo no Parque Antarctica, ante o Sport, atraiu pouco mais de 17 mil pagantes, abaixo da média do clube.
O apoio do torcedor norteou a relação com o time na maior parte do ano, até quando o Palmeiras ficou aquém do esperado. Mas a briga entre Obina e Maurício Santos no estádio Olímpico desencadeou a tensão que resultou em protestos ainda na capital gaúcha e na chegada do time a São Paulo.
Mesmo ciente de que a paciência da massa alviverde se esgotou, o meia Diego Souza acredita que uma despedida com casa cheia será fundamental para que o time siga no páreo. "Se o Atlético chega e tem só meia dúzia, acaba dando moral para o adversário", afirmou.


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