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MEMÓRIA
Eder é um dos melhores de todos os tempos
DA REPORTAGEM LOCAL
O mais famoso representante da dinastia Jofre-Zumbano é Eder Jofre, 66, reconhecido pela tradicional publicação especializada "The
Ring" como o nono melhor
pugilista dos últimos 50
anos. E também como o 19º
melhor dos últimos 80 anos.
Jofre está à frente, por
exemplo, de George Foreman e Mike Tyson.
Eder cresceu dentro da
academia montada na sala
de sua família. Aprendeu a
engatinhar dentro de um
ringue e ouvindo, desde o
berço, histórias de nocaute.
Ele foi campeão dos galos e
penas, durante um período
(décadas de 60 e 70) no qual
conquistar cinturões era tarefa muito mais difícil.
O brasileiro o fez antes que
as categorias de peso e os organismos que controlam o
esporte se multiplicassem.
Não havia então categorias
intermediárias (entre os oito
pesos originais), como supermoscas, supergalos ou
superpenas. Tampouco
existiam a Federação Internacional de Boxe ou a Organização Mundial de Boxe.
O lutador se manteve invicto em suas primeiras 53
lutas, e, como campeão indiscutível, dominou a categoria dos galos de 1961 a 65.
Ele perdeu dois combates
para o japonês "Fighting"
Harada (futuro membro do
Hall da Fama), ambas as vezes por pontos e na casa do
adversário. Então, em 1967,
decidiu se aposentar.
Após permanecer dois
anos fora do boxe, retornou
e conquistou o cinturão dos
penas do Conselho Mundial
de Boxe. Em sua segunda
carreira, na qual registrou 25
vitórias, sem nenhuma derrota, Eder participou da luta
que definiu seu legado: nocauteou em quatro assaltos
Vicente Saldivar, que seria
eleito para o Hall da Fama.
Entre os rivais famosos
que bateu estão Eloy Sanchez, Piero Rollo, Johnny
Caldwell e Jose Legra.
Eder finalmente pendurou
as luvas, desta vez em definitivo, em 1976, com um cartel
de 72 vitórias (50 nocautes),
2 derrotas e 4 empates.
Depois, foi vereador, deu
aulas de boxe e, com o tio
Ralph Zumbano, foi colunista da versão nacional da revista "Ring". Foi eleito para
o Hall da Fama. Aposentado,
vive em São Paulo.
(EO)
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