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O PERSONAGEM
Ex-revelação do Brasil, Rose tenta medalha nos EUA
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 18 anos, quando defendeu a natação brasileira
na Olimpíada de Atlanta-1996, Gabrielle Rose tinha
uma missão: tornar-se a primeira nadadora do país a subir no pódio dos Jogos.
Hoje, quase oito anos depois, ela tem boas credenciais para chegar a Atenas
em 2004 e alcançar o feito.
Mas não mais pelo Brasil.
Desde 1997, Rose decidiu
deixar de competir pela pátria de sua mãe, Regina, e
passou a tentar um lugar no
selecionado norte-americano, país onde ela e seu pai,
Michael, nasceram.
Natural de Memphis (Tennessee), Rose nunca viveu
no Brasil. Mesmo assim,
aprendeu um pouco de português e se firmou como o
maior nome da natação feminina do país nos anos 90.
Só que a grade curricular
da Universidade de Stanford, na Califórnia, onde estudava, era incompatível
com o calendário dos principais torneios do Brasil. Rose,
então, decidiu se mudar.
"Foi uma decisão difícil.
Fiz muitos amigos na seleção. Estou feliz no meu novo
time, mas meu coração está
dividido", declarou a atleta
na época da troca.
Ela ficou um ano sem defender nenhum país, exigência da Federação Internacional de Natação. Nas seletivas
norte-americanas para
Sydney-2000, em Indianápolis, mostrou que não tinha
enferrujado e arrebatou uma
vaga nos 200 m medley, sua
especialidade. Só que voltou
da Austrália sem medalha.
Hoje, além de favorita para
chegar a Atenas na sua prova, Rose pode integrar o
quarteto dos EUA nos revezamentos 4 x 100 m livre e 4 x
100 m medley, habitués no
pódio olímpico. A seletiva
será em julho.
(GR e ML)
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