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Língua solta enrola treinadores
DA REPORTAGEM LOCAL
No Brasileiro-04, os treinadores
se notabilizaram pelas enrascadas
em que se meteram por causa de
suas próprias línguas. Diante dos
microfones criaram situações que
ameaçaram seus empregos.
No Atlético-PR, vice-campeão,
Levir Culpi deixou diretores irados ao dizer que a equipe estava
"no piloto automático", no momento em que era líder do campeonato. Justamente depois da
declaração, o time caiu de rendimento e perdeu o título.
No Corinthians, após uma vitória da oposição contra a parceria
com a MSI, Tite acreditou que o
contrato não seria assinado e fez
uma profecia. "Se as pessoas dessa empresa entrarem por uma
porta, eu saio por outra. Amanhã
eles podem assinar com outro
clube e é bom saberem que não
trabalho para a MSI em nenhum
lugar", ameaçou o treinador.
As coisas mudaram, e a parceria
foi concretizada. Depois de uma
conversa com Kia Joorabchian,
presidente da empresa, que o irritara por tentar contratar Vanderlei Luxemburgo, restou ao técnico
gaúcho mudar de idéia.
O são-paulino Leão também
provocou situação polêmicas.
Chamou os jogadores santistas de
"celebridades" antes de um duelo
com os rivais. Depois, disse que o
desafeto Vanderlei Luxemburgo
"morreu, não existe".
A última do treinador, antes de
sair para as férias, foi dizer que a
contratação secreta prometida
pelo presidente do clube, Marcelo
Portugal Gouvêa, deveria ser "Pelé". "Só pode ser ele."
No Palmeiras, Estevam Soares
viveu seus momentos de Pinóquio. O técnico jurava que o volante Corrêa havia sido afastado
da equipe por causa de um revezamento no banco. Na verdade, o
jogador saiu porque pediu aumento salarial ao presidente Mustafá Contursi.
(EAR E RP)
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