São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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FOCO

Meia do Figueirense alcança cem gols antes de Rogério

DE SÃO PAULO

O maior artilheiro em atividade por um clube da Série A do Brasileiro não é nenhum goleador nato, jogador com história na seleção e disputado por várias equipes.
Com dois gols na vitória por 3 a 1 sobre o Joinville, no domingo passado, pelo Catarinense, o meia Fernandes, 32, chegou a 101 tentos pelo clube de Santa Catarina.
O jogador é o único de um time da primeira divisão que possui a marca centenária por sua equipe atual -o goleiro Rogério, do São Paulo, está a dois gols do feito.
"Estou surpreso. Não tinha noção disso. Nunca fui artilheiro de nada. Sou um armador, não me ligo em números", disse Fernandes, sobre a liderança no ranking.
Apesar de dizer ignorar as estatísticas, ele fez campanha para alcançar o centésimo gol. Pediu até para voltar a cobrar pênaltis. "Pena que não tive nenhuma chance", disse o meia, que, de fato, não tem um instinto goleador tão apurado assim.
Só uma vez em sua já longa passagem pelo Figueirense fez mais de 20 gols no mesmo ano: 2000. Na maioria dos anos, fechou a conta com menos de dez tentos.
O que difere Fernandes da maioria dos jogadores é ter quase toda a carreira no mesmo time. Revelado pelo Corinthians de Presidente Prudente, ele teve passagens por Santos e Portuguesa Santista antes de desembarcar em Florianópolis, em 1999.
Os quase 12 anos com a camisa do Figueirense foram interrompidos três vezes. Fernandes foi emprestado a Palmeiras, Jeonbuk Hyundai Motors (Coreia do Sul) e Al Shabab (Emirados Árabes).
Desde 2005, faz parte ininterruptamente do elenco do alvinegro catarinense. "Sou meio à moda antiga. Acredito no amor à camisa", disse o meia, que pretende encerrar a carreira no Figueirense.
Antes de se aposentar e passar a trabalhar nas categorias de base do clube, objetivo do jogador para o futuro, o maior artilheiro da história do Figueirense quer atuar por mais três temporadas.
"Queria um contrato de três anos para encerrar a carreira. Mas há preconceito devido à idade. Fechei só até o fim do ano. (RAFAEL REIS)


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