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VÔLEI
Campeão olímpico empurra a Ulbra para a decisão
Marcelo Negrão rouba a cena na Superliga e coroa sua recuperação
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Recuperado da mais grave lesão
de sua carreira, o atacante Marcelo Negrão volta nesta Superliga a
se destacar e ser decisivo. Contando com a experiência do veterano
atleta, a Ulbra conquistou ontem
uma vaga na final do torneio.
Com uma ótima atuação do
campeão olímpico -fez 21 pontos e foi o melhor atacante do jogo-, a equipe gaúcha venceu ontem o Banespa por 3 sets a 1 (parciais de 19/25, 29/27, 21/25 e 15/25) e fechou o mata-mata semifinal
contra os paulistas em 3 a 0.
O outro finalista sairá do confronto entre Suzano e Unisul.
Eleito o melhor do mundo após
o ouro em Barcelona-92, quando
tinha 19 anos, Negrão iniciou a
Superliga longe dos holofotes e
com o objetivo de se recuperar
após ficar mais de um ano parado
por causa de uma grave lesão.
As boas atuações no torneio,
principalmente nos mata-matas,
surpreenderam o próprio atleta.
"Não esperava nem voltar a jogar neste ano. Foi uma surpresa.
Estou com 70%, 80% da minha
forma física, mas estar jogando já
é uma superação", disse Negrão.
O jogador iniciou seu calvário
no primeiro semestre de 2001.
Após ter problemas com o então técnico Radamés Lattari e ficar fora da Olimpíada de Sydney-2000, Negrão foi convocado por
Bernardinho e voltou à seleção.
Sua volta, no entanto, foi interrompida na estréia na Liga Mundial, em maio, quando rompeu o
tendão patelar do joelho direito
-a mesma lesão do atacante Ronaldo. Passou por uma cirurgia e
soube que só voltaria a jogar em,
no mínimo, oito meses.
"Eu pensava: "Desta vez, dancei'", disse o jogador, lembrando
da lesão no pé que também o fez
parar de jogar em 1998.
Passado o desespero inicial, Negrão fez fisioterapia. Mais de um
ano depois, acertou com a Ulbra e
voltou a treinar em julho de 2002.
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