ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem nenhum forasteiro, a Superliga masculina inicia hoje seus mata-matas semifinais. A Ulbra-São Paulo recebe o Suzano. Na outra partida semifinal, a Unisul pega o Minas, em Florianópolis.
Desde 2000, só cinco equipes atingiram essa fase do campeonato. Neste ano, foi a vez de o Banespa, eliminado nas quartas-de-final pelo Suzano, ficar fora do grupo tradicional de semifinalistas.
"Isso é ruim para o torneio. Falta possibilidade de outros clubes investirem mais. A Superliga não está na TV aberta e isso atrai menos patrocinadores", analisa o técnico Marcelo Fronckowiak, da Ulbra, atual campeã do torneio.
Em outras ligas importantes do país, a competitividade tem sido bem maior do que no vôlei.
No Nacional masculino de basquete, por exemplo, dez clubes atingiram a semifinal nas últimas quatro edições -neste ano, o torneio ainda está na fase de classificação. Além disso, desde 2000, três times levaram o título pela primeira vez. A Liga Futsal é ainda mais inconstante. Houve 11 equipes disputando uma vaga na final nos últimos cinco anos.
"Nosso torneio seria mais competitivo se a CBV tivesse regras rigorosas para liberar os jogadores para atuarem no exterior. Tem atleta saindo para jogar em países como Bélgica e Finlândia", diz Ricardo Navajas, técnico do Suzano. "Com o câmbio atual, não dá para segurar jogador no país", completa, lembrando que a maior parte das estrelas da seleção de Bernardinho atua no exterior.
Por contar com quatro delas em seu elenco -Ricardinho, Giovane, André Nascimento e Henrique-, o Minas é apontado até por seus rivais como o favorito.
No entanto o clube fez apenas a terceira melhor campanha da fase inicial e teve muita dificuldade para superar o Bento Gonçalves nas quartas-de-final. Após perder o primeiro jogo em casa, o time do técnico Carlos Castanheira, o Cebola, virou a série e garantiu classificação na última terça-feira.
Nem essa irregularidade causa preocupação ao treinador. "Temos que esquecer o que já passou. A importância não está mais no que aconteceu, e sim no que teremos pela frente", destaca Cebola.
Para superar o rival na série melhor de cinco jogos, a Unisul confia em Milinkovic, que tem o terceiro melhor aproveitamento de ataque da Superliga (43,5%).