DA ENVIADA A MELBOURNE

Ainda em busca de cruzar a linha de chegada da F-1 pela primeira vez, a Virgin tem uma nova preocupação pela frente.
A equipe inglesa precisa projetar e instalar um tanque de combustível maior para as próximas etapas do campeonato.
Em circunstâncias normais, o motor Cosworth está gastando mais do que o previsto inicialmente -neste ano, o reabastecimento está proibido.
"Por uma série de fatores, não estamos conseguindo usar a mistura de combustível mais rica, o que faz com que a nossa performance não seja a melhor", explicou o brasileiro Lucas di Grassi. "Se nós conseguirmos aumentar o tamanho, resolveremos o problema."
Para alterar o tanque, a Virgin teve de pedir permissão à FIA. Em nome do corte de custos, o regulamento também congela o desenvolvimento de certas partes. Após estudar o caso, a entidade máxima do automobilismo deu a autorização.
Apesar da questão do consumo do motor, o problema colocou na berlinda o projetista do modelo, Nick Wirth. Na concepção do carro, o inglês abriu mão do túnel de vento para se lançar numa inovação: todo o projeto aerodinâmico foi feito no computador, em CFD, ou fluidodinâmica computacional.
A suspeita é que ele tenha reduzido as dimensões do tanque em nome de um projeto aerodinâmico mais eficiente. Agora, por necessidade, precisará tomar o caminho inverso.
"Ficou claro durante a pré- -temporada e também no Bahrein que a capacidade do tanque está no limite. E isso pode nos trazer problemas", declarou o engenheiro. A estreia do novo tanque só deve acontecer no GP da Espanha, abertura da temporada europeia, em maio.
Colega de Adrian Newey na March, nos anos 80, Wirth tem um histórico conturbado na categoria. Participou, por exemplo, da fracassada empreitada da Andrea Moda. E, em 94, lançou uma equipe própria na F-1, a Simtek. Foi ao volante de um de seus carros que o piloto austríaco Roland Ratzenberger morreu em Imola, um dia antes de Ayrton Senna. (TC)



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