São Paulo, sábado, 27 de março de 2010

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São Paulo traz de volta um de seus rebeldes

Após dois meses fora, Diogo, 19, retira ação judicial e acerta novo contrato

Na segunda-feira, lateral volta aos treinos no clube, que ainda batalha na Justiça para manter seu vínculo com Oscar e Lucas Piazon

DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo trouxe de volta ontem o primeiro de seus três jogadores que acionaram a Justiça para tentar romper seus contratos com o clube.
Depois de sofrer seguidas derrotas judiciais, o lateral-esquerdo Diogo, 19, retirou a ação que movia contra a equipe do Morumbi. Assinou novo contrato, agora válido até 2015, e marcou sua volta ao clube para a próxima segunda-feira.
Diogo abandonou os treinos e o quarto em que morava no CT da Barra Funda no dia 11 de janeiro. Três dias antes, entrou com uma ação trabalhista em que alegava irregularidades em seu contrato com o São Paulo.
Desde então, não apareceu mais no clube. Na Justiça, foi derrotado seis vezes antes de procurar a diretoria, nesta semana, para tentar um acordo.
O lateral disse, em entrevista ao site oficial do São Paulo, que tentou deixar o clube porque se sentia desvalorizado. Afirmou ainda que recebeu propostas para atuar na Itália e na Grécia, mas que não foi liberado.
Apesar da vitória do clube no caso Diogo, dois outros atletas oriundos das categorias de base ainda tentam encerrar na Justiça seus vínculos com a equipe do Morumbi: o meia Oscar, 18, e o atacante Lucas Piazon, 16.
Oscar, em litígio desde dezembro do ano passado, acusa a diretoria são-paulina de tê-lo obrigado a se emancipar quando ele completou 16 anos.
A audiência entre o meia e o São Paulo está marcada para o dia 15 de abril. Oscar não aparece nos treinos desde o dia 8 de fevereiro e declarou, há duas semanas, que não pretende voltar a defender o São Paulo.
Já Lucas Piazon, que tem acerto para defender o Corinthians, declarou que assinou um "contrato de gaveta" quando tinha 14 anos. O vínculo passaria a vigorar assim que ele completasse 16 anos, o que aconteceu em janeiro. Segundo a Lei Pelé, só a partir desta idade é permitido a um jogador assinar seu primeiro contrato.
O São Paulo alega que firmou apenas um contrato de "eficácia futura", com o objetivo de preservar uma das maiores joias de sua categoria de base -Lucas Piazon fez parte da seleção brasileira sub-15.
Os dois atletas são agenciados pelo empresário Giuliano Bertolucci, considerado persona non grata pelo presidente do clube, Juvenal Juvêncio.
Nos dois casos, a diretoria são-paulina trata os jogadores como "vítimas" do agente.


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