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São Paulo, domingo, 27 de abril de 2003

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FUTEBOL

Time freia vocação ofensiva e joga cauteloso em Belém, às 18h, contra adversário que derrubou o Boca na Argentina

São Paulo "invertido" reverencia Paysandu

LÚCIO RIBEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Há alguns anos, a história seria bem outra. Mas, hoje, em Belém, pelo Campeonato Brasileiro, quando um time cauteloso enfrentar a equipe sensação da Libertadores, o time será o São Paulo e a equipe, o Paysandu.
Contrariando sua vocação ofensiva, ou satisfeito com ela, o São Paulo passou a semana livre dando ênfase aos treinos defensivos, mesmo antes de assistir pela TV a façanha de seu adversário de hoje no torneio sul-americano, quando o time paraense bateu o Boca Jrs. na Argentina por 1 a 0, com um jogador a menos.
"Jogar em Belém, ainda mais contra o Paysandu embalado pela vitória na Libertadores, é muito difícil. Temos que segurar os 15 primeiros minutos. Eles vão vir empolgados para cima de nós", falou o volante são-paulino Adriano, do time que completa em 2003 os dez anos da conquista do bi da Libertadores.
"O Paysandu é a equipe mais difícil de encarar fora de casa entre todos no Brasileiro", afirmou o zagueiro Jean. "Além da qualidade do time, e digo isso sem mencionar o jogo contra o Boca, eles têm aquela torcida fanática."
Contra esse "temível" Paysandu, que no Nacional ocupa apenas a 18ª posição, o São Paulo joga sua ascensão no torneio. O time, sexto na classificação, busca sua terceira vitória consecutiva.
"O Paysandu se portou muito bem no jogo contra o Boca. É um time que merece todos os cuidados", disse o técnico Oswaldo de Oliveira, aumentando a cota de elogios para o adversário das 18h.
Durante a semana, Oliveira fez treino específico para lapidar a defesa. Postou o time com dez jogadores em coletivo, fez ensaios de como suportar inferiorizado um contra-ataque, cobrou rigor na marcação da defesa e meio.
Tanto que o rigor em acertar causou até um início de briga no treino de anteontem.
O meia Ricardinho e Jean trocaram ofensas em nome de um melhor posicionamento defensivo.
Jean deu um carrinho no reserva Aílton e culpou Ricardinho por deixar a defesa desguarnecida. Ricardinho não gostou e respondeu com palavrões.


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