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Barrichello diz que é recordista
Contagem de brasileiro aponta GP da Espanha como sua 256ª prova na F-1, mesma marca de Patrese
Critério considera duas
corridas que ele nem largou,
mas piloto diz que fará outra
festa para quem não estiver
feliz com seu levantamento
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA
Quando alinhar seu Honda
no 11º posto do grid de largada
para o GP da Espanha, quarta
etapa do Mundial de F-1, às 9h
(de Brasília), Rubens Barrichello terá repetido esta cena 256
vezes em sua carreira.
Quando largar, porém, terá
participado de 254 corridas.
Essa diferença o colocou no
centro da polêmica que é assunto obrigatório em Barcelona. Tudo porque, segundo a
contagem do brasileiro, irá
igualar Riccardo Patrese como
piloto com mais corridas disputadas na F-1 -o italiano correu
256 provas, entre 1977 e 1993.
Em duas semanas, no GP da
Turquia, Barrichello afirma
que quebrará este recorde.
Os critérios do piloto da
Honda para chegar ao número
são questionáveis, já que ele inclui em sua conta duas provas
em que não chegou a largar.
São elas os GPs de Espanha e
França de 2002. Nas duas ocasiões, Barrichello alinhou sua
Ferrari no grid mas, com problemas no carro, nem largou.
O brasileiro desconsidera somente o GP de San Marino de
1994, quando sofreu forte acidente nos treinos. Feriu os lábios, luxou os braços, trincou a
costela e não pôde participar da
classificação e da corrida em
que Ayrton Senna morreu.
A FIA, entidade que comanda o automobilismo, não faz
uma contagem do número de
participações dos pilotos. Mas
há um guia anual, feito por Jacques Deschenaux, espécie de
estatístico oficial da categoria.
E os números do suíço não
batem com os do brasileiro. "Só
é considerado que um piloto
competiu em um GP quando
ele está em seu carro, no grid de
largada, ou no pitlane, quando
as luzes se apagarem, na primeira largada de uma corrida",
explica no prefácio do guia.
É por este motivo que outro
GP polêmico, o da Bélgica em
1998, conta como corrida disputada por Barrichello. Na ocasião, 13 carros se envolveram
em um grande acidente na largada. A direção de prova resolveu então que nova partida seria dada. Com seu Stewart avariado, o brasileiro não conseguiu largar pela segunda vez.
Sendo assim, o recorde virá
só no Canadá, em 8 de junho.
Barrichello só quer saber de
festejar. "Um diz que é essa, outro diz que é aquela corrida.
Aqui eu igualo esta marca e na
Turquia, passo. Para quem não
estiver feliz com isso a gente faz
três comemorações. No Brasil
tem tanto feriado, assim a gente faz mais três."
Mais apressada que o piloto,
só sua ex-equipe, a Ferrari. Para a escuderia, que também faz
sua própria contagem, esta será
a 257ª corrida de Barrichello na
F-1, já que considera como GPs
disputados todos aqueles que o
piloto participou de ao menos
uma sessão de treinos.
NA TV - GP da Espanha
Globo, ao vivo, às 9h
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