DA REPORTAGEM LOCAL

Trazido recentemente para o Brasil, o pólo 4 x 4 - uma versão reduzida do pólo aquático tradicional- espera alavancar a imagem do esporte e chegar a uma posição alcançada somente pela natação nas modalidades aquáticas no país.
Para isso, o esporte, que teve seu primeiro campeonato no Brasil realizado na semana passada, em São Paulo, espera obter o apoio de emissoras de TV.
"Estamos tentando conseguir o apoio da TV para organizarmos torneios nas praias, como o vôlei e o futebol", disse Cláudia Graner, goleira da seleção brasileira feminina de pólo aquático e idealizadora do projeto.
Segundo ela, o pólo 4 x 4 reúne todas as características para se tornar um esporte popular. "Quando trouxe o esporte para cá pensei em levá-lo para as praias porque isso deve atrair mais praticantes", disse ela.
A idéia da atleta, medalha de bronze com a seleção feminina de pólo aquático no Pan-Americano de Winnipeg em 99, é profissionalizar o esporte com a ajuda da nova modalidade. "Se conseguirmos espaço na mídia isso se tornará mais fácil e elevará o nível técnico das competições."
Inventado na Itália, onde já conquistou muitos adeptos, o pólo 4 x 4 está para o tradicional pólo aquático como o futsal está para o futebol de campo.
O jogo é disputado no mar em um campo com dimensões menores (15 m x 11 m) em relação ao pólo normal (30 m x 20 m). Porém pode ser realizado também em piscinas.
As traves também possuem medidas diferentes (2,5 m de largura por 80 cm de altura no 4 x 4, contra 3 m de largura por 90 cm de altura no tradicional).
No 4 x 4 as partidas são divididas em dois quartos de sete minutos cada, diferentemente da modalidade tradicional em que o jogo tem quatro quartos de sete minutos.
O número de jogadores é outra diferença entre os dois tipos de pólo. No primeiro, cada time é formado por três jogadores de linha e dois reservas, além do goleiro, enquanto que no segundo, há um goleiro, seis jogadores de linha e seis reservas.
Diferentemente do pólo tradicional, no 4 x 4 é permitido o gol na cobrança de escanteio.
"Isso torna o jogo mais ágil e com mais gols. Além disso, é mais fácil para o público acompanhar as partidas. Sem contar que facilita muito a transmissão pela televisão", garante Cláudia. (EDUARDO ARRUDA)