São Paulo, segunda-feira, 27 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AUTOMOBILISMO

Piloto escocês da McLaren supera Montoya logo na largada e lidera prova de Mônaco de ponta a ponta

Coulthard quebra série invicta da Ferrari

DA REDAÇÃO

No sábado, foram os pneus Michelin. Ontem, o controle de largada e a dificuldade de ultrapassagens na única pista de rua da F-1.
E foi só assim, apoiado nessa tríade, que David Coulthard conseguiu pôr fim à invencibilidade do F2002, o carro da Ferrari.
O escocês da McLaren venceu ontem o GP de Mônaco, sétima etapa do Mundial, seguido pelo ferrarista Michael Schumacher. Ralf, da Williams, foi o terceiro.
Foi a primeira derrota da Ferrari desde o GP da Malásia, em março, quando ainda utilizava o modelo de 2001. A partir do GP Brasil, quando estreou o F2002, a escuderia só vinha obtendo vitórias. Foram quatro seguidas -nas pistas de Interlagos, Imola, Barcelona e Zeltweg- todas do alemão.
"Vencer em Mônaco é muito especial. Mais do que em qualquer outro lugar. Fiz uma boa largada e consegui administrar bem", declarou Coulthard, que já havia vencido a corrida em 2001.
Uma vez na liderança, o escocês precisou suportar a pressão de Montoya, Schumacher e Ralf nas primeiras voltas. Os três pilotos, no entanto, pouco puderam fazer nas ruas apertadas do principado.
Perseguido à distância por Montoya, o escocês administrou bem a vantagem e não teve grandes problemas para vencer. Nem mesmo quando seu adversário passou a ser Schumacher -na 46ª das 78 voltas, Montoya abandonou com o motor estourado.
Confusões, aliás, não faltaram. Ao todo, seis pilotos abandonaram a prova envolvidos em acidentes. O mais forte, mais uma vez, envolveu o japonês Takuma Sato, da Jordan, que já havia batido com violência na Áustria.
Ontem, ele perdeu o controle do carro na saída do túnel, quase acertou seu companheiro de equipe, Giancarlo Fisichella, e acabou outra vez no muro. Outro que bateu forte foi Felipe Massa.
Apesar de ter encostado em Coulthard nas voltas finais da prova, Schumacher não tentou ultrapassá-lo em nenhum momento. Após o GP, o alemão parecia resignado com o resultado.
"O segundo lugar até que foi bom" disse Schumacher, que perdeu a chance de obter sua sexta vitória em Montecarlo e igualar a marca de Ayrton Senna.
Schumacher tem agora 60 pontos, mais do que o dobro de Montoya e Ralf, empatados com 27.
Após a corrida, a FIA informou que havia encontrado uma irregularidade no sistema eletrônico do Renault de Jarno Trulli, que terminou em quarto. Se o italiano perder os pontos, Barrichello ganhará um ponto pela sexta posição. O julgamento será na terça.


Com agências internacionais

Texto Anterior: Liga Nacional
Próximo Texto: Alemão pode igualar recorde em GP em casa
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.