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pra valer
Dunga faz estréia à parte na estréia da seleção
México, hoje, é o 1º oponente do técnico em um jogo oficial com o time brasileiro
Sem nenhuma partida como treinador na América do Sul, ex-volante começa a Copa América, na Venezuela, ainda como uma incógnita
RODRIGO BUENO
ENVIADO ESPECIAL A PUERTO ORDAZ
Para a seleção brasileira,
mais uma estréia em Copa
América. Para Dunga, um debute histórico em um torneio à
frente da equipe nacional. O
México, adversário de hoje, às
21h45, é o primeiro teste de fogo para o novato treinador.
""Nós sabemos que o Brasil
ganhou poucas edições da Copa
América [sete, contra 14 de Argentina e Uruguai]. E ganhou
poucas fora de casa [três, em
1997, 1999 e 2004]. Mas a seleção brasileira entra sempre para ganhar", disse Dunga sobre
sua expectativa para o torneio.
O gaúcho, que fará hoje seu
primeiro jogo como técnico na
América do Sul, assumiu a
equipe após o fracasso na Copa
da Alemanha para a surpresa
de muitos. Conseguiu em 2006
uma série de bons resultados e
ganhou respeito por renovar o
time, até deixando astros como
Ronaldinho e Kaká na reserva.
Neste ano, porém, obteve,
em cinco amistosos, duas vitórias, dois empates e uma derrota -o aproveitamento caiu bem
para quem teve no ano passado
cinco triunfos e só um empate.
Na hora de formar a lista de
convocados, problemas e estresse. Kaká e Ronaldinho pediram férias. Zé Roberto foi relacionado, mas não quis seguir
com o grupo. Lúcio, possível titular na zaga, está lesionado.
Para piorar, nos treinos e coletivos de preparação, o rendimento do time não foi bom,
mais especialmente no ataque.
A incógnita que cerca a carreira do técnico Dunga pode
encontrar uma resposta já na
Copa América. E, apesar de a
CBF ter garantido o treinador
até a Copa de 2010, a história
recente da seleção não é muito
aliada da estabilidade.
Na administração Ricardo
Teixeira, que assumiu a presidência da CBF no final dos anos
80, algumas apostas em treinadores que não eram nem de
longe unanimidade foram feitas, e o final dessas curtas
""eras" se deu após torneios que
não eram a Copa do Mundo.
Falcão assumiu após o fiasco
na Copa-90. Renovou a equipe,
mas sucumbiu na Copa América seguinte e caiu. Leão comandou a seleção em parte das eliminatórias da Copa-02, mas o
tropeço na Copa das Confederações-01 lhe custou o cargo.
Ricardo Gomes, outro ex-atleta, dirigiu a seleção sub-23 e
ruiu logo no Pré-Olímpico-04.
Vanderlei Luxemburgo perdeu seu posto após derrota na
Olimpíada-00, mas, além de ter
chegado à seleção como técnico
de ponta, iniciou com fôlego ao
vencer a Copa América-99, edição mais esvaziada que a atual.
Na gestão Teixeira, o único
que chegou à Copa no comando
da seleção tendo fracassado
feio em competição que não é
Mundial foi Luiz Felipe Scolari.
O treinador do tetra decepcionou na Copa América-01, mas
teve forças para recuperar o
grupo e guiá-lo à Copa-02.
""Não consigo analisar essa situação de que o Dunga está sendo testado. Ele é meu chefe. Ele
é que está me testando", declarou Diego, que tem a confiança
do atual treinador até para usar
a badalada camisa 10.
""É difícil comparar o trabalho de um treinador experiente
com o de um que está começando. O Dunga tem feito um bom
trabalho. Acho que evoluímos
nas jogadas laterais e na bola
parada nos últimos treinos",
continuou o meia, que, sob o
comando do experiente Carlos
Alberto Parreira, venceu a última Copa América, em 2004.
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