|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Espanha atropela Rússia e busca o bi continental
Liderada por Fàbregas, equipe de Aragonés faz 3 a 0 e pega alemães na decisão
Suplente de luxo da Fúria substitui artilheiro da Euro, que não disputará a final, e ofusca Arshavin, sensação russa na mira do Barcelona
Christian Charisius/Reuters
|
|
Torres (9), Capdevila (11) e Xavi, autor do gol que abriu o caminho para a vitória espanhola na Áustria, vibram no estádio Ernst Happel
DA REPORTAGEM LOCAL
Todos esperavam ver Arshavin conduzir a Rússia à final da
Eurocopa-08. Mas foi o camisa
10 espanhol, Cesc Fàbregas,
quem saiu do banco de reservas
para colocar a Fúria em sua terceira final continental.
Ontem, ele entrou na vaga do
artilheiro da competição, David
Villa (quatro gols), que saiu lesionado aos 34min do primeiro
tempo e está fora da final, no
domingo, contra a Alemanha.
Fàbregas organizou o meio-campo espanhol e, com duas
assistências para os tentos de
Güiza e David Silva, sobrou na
vitória por 3 a 0, em Viena,
mesmo palco que receberá a
decisão do campeonato.
Titular absoluto no Arsenal,
da Inglaterra, Fàbregas só começou uma partida da Euro. Na
última rodada da primeira fase,
o técnico Luis Aragonés escalou os reservas na vitória diante
dos gregos (2 a 1).
Com a lesão de Villa, ele deverá ter nova oportunidade de
estar entre os 11 iniciais e buscar o segundo título continental do país -a Espanha foi campeã, em 1964, e vice, 20 anos
depois (perdeu da França).
"É fantástico. Custa-me acreditar que vamos jogar a final",
afirmou o meia Iniesta, eleito o
melhor em campo pela Uefa
-foi dele o "chute-passe" que
resultou no gol inaugural, de
Xavi, aos 5min da etapa final.
No lado russo, a equipe dirigida por Guus Hiddink esteve
longe de mostrar o futebol jogado nas quartas-de-final,
quando eliminou a Holanda,
até então a melhor seleção.
O grande nome daquela partida, o camisa 10 Arshavin, que
ontem viu revelado o interesse
do Barcelona em tirá-lo do Zenit, atual campeão da Copa da
Uefa, teve atuação discreta.
Passou 24 bolas, com 88% de
aproveitamento, mas não conseguiu nenhuma finalização.
"Os espanhóis estiveram excelentes e mereceram a vitória", conformou-se, que já havia caído diante do adversário
(4 a 1) na estréia nesta Euro.
No geral, os russos tentaram
apenas seis chutes ao gol defendido por Casillas, com um êxito. Os espanhóis arriscaram 18,
sendo 11 com direção certa, de
acordo com o site da Uefa.
"Foi difícil, principalmente o
primeiro tempo. Acho que foi
um extraordinário segundo
tempo", analisou Aragonés.
Não por acaso, os três gols
saíram nos 45min finais. Depois de Xavi abrir o placar, Fàbregas deu passe milimétrico
para Güiza, aos 28min. fazer 2 a
0. O atacante do Mallorca, que
entrara na vaga do badalado (e
apagado) Fernando Torres, bateu na saída de Akinfeev.
Sem sofrer resistência em
suas investidas, a Fúria apertou
e, nove minutos depois, fechou
a conta com David Silva, que
pegou de primeira o cruzamento pela esquerda de Fàbregas.
Melhor ataque da competição, com 11 gols marcados em
cinco partidas, o time espanhol
já despertou preocupação do
adversário da final assim que a
partida de ontem foi encerrada.
"A Espanha demonstrou novamente que é uma equipe
muito boa, jogando em um nível constante desde o início do
torneio", afirmou o técnico alemão, Joachim Löw.
A Alemanha levará para o estádio Ernst Happel, em Viena,
o peso de já ter conquistado em
três oportunidades a Eurocopa
-1972, 1980 e 1996.
Texto Anterior: Corinthians: Mano culpa superexposição por tropeços Próximo Texto: Frases Índice
|