São Paulo, sexta-feira, 27 de junho de 2008

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Espanha atropela Rússia e busca o bi continental

Liderada por Fàbregas, equipe de Aragonés faz 3 a 0 e pega alemães na decisão

Suplente de luxo da Fúria substitui artilheiro da Euro, que não disputará a final, e ofusca Arshavin, sensação russa na mira do Barcelona

Christian Charisius/Reuters
Torres (9), Capdevila (11) e Xavi, autor do gol que abriu o caminho para a vitória espanhola na Áustria, vibram no estádio Ernst Happel

DA REPORTAGEM LOCAL

Todos esperavam ver Arshavin conduzir a Rússia à final da Eurocopa-08. Mas foi o camisa 10 espanhol, Cesc Fàbregas, quem saiu do banco de reservas para colocar a Fúria em sua terceira final continental.
Ontem, ele entrou na vaga do artilheiro da competição, David Villa (quatro gols), que saiu lesionado aos 34min do primeiro tempo e está fora da final, no domingo, contra a Alemanha.
Fàbregas organizou o meio-campo espanhol e, com duas assistências para os tentos de Güiza e David Silva, sobrou na vitória por 3 a 0, em Viena, mesmo palco que receberá a decisão do campeonato.
Titular absoluto no Arsenal, da Inglaterra, Fàbregas só começou uma partida da Euro. Na última rodada da primeira fase, o técnico Luis Aragonés escalou os reservas na vitória diante dos gregos (2 a 1).
Com a lesão de Villa, ele deverá ter nova oportunidade de estar entre os 11 iniciais e buscar o segundo título continental do país -a Espanha foi campeã, em 1964, e vice, 20 anos depois (perdeu da França).
"É fantástico. Custa-me acreditar que vamos jogar a final", afirmou o meia Iniesta, eleito o melhor em campo pela Uefa -foi dele o "chute-passe" que resultou no gol inaugural, de Xavi, aos 5min da etapa final.
No lado russo, a equipe dirigida por Guus Hiddink esteve longe de mostrar o futebol jogado nas quartas-de-final, quando eliminou a Holanda, até então a melhor seleção.
O grande nome daquela partida, o camisa 10 Arshavin, que ontem viu revelado o interesse do Barcelona em tirá-lo do Zenit, atual campeão da Copa da Uefa, teve atuação discreta. Passou 24 bolas, com 88% de aproveitamento, mas não conseguiu nenhuma finalização.
"Os espanhóis estiveram excelentes e mereceram a vitória", conformou-se, que já havia caído diante do adversário (4 a 1) na estréia nesta Euro.
No geral, os russos tentaram apenas seis chutes ao gol defendido por Casillas, com um êxito. Os espanhóis arriscaram 18, sendo 11 com direção certa, de acordo com o site da Uefa.
"Foi difícil, principalmente o primeiro tempo. Acho que foi um extraordinário segundo tempo", analisou Aragonés.
Não por acaso, os três gols saíram nos 45min finais. Depois de Xavi abrir o placar, Fàbregas deu passe milimétrico para Güiza, aos 28min. fazer 2 a 0. O atacante do Mallorca, que entrara na vaga do badalado (e apagado) Fernando Torres, bateu na saída de Akinfeev.
Sem sofrer resistência em suas investidas, a Fúria apertou e, nove minutos depois, fechou a conta com David Silva, que pegou de primeira o cruzamento pela esquerda de Fàbregas.
Melhor ataque da competição, com 11 gols marcados em cinco partidas, o time espanhol já despertou preocupação do adversário da final assim que a partida de ontem foi encerrada.
"A Espanha demonstrou novamente que é uma equipe muito boa, jogando em um nível constante desde o início do torneio", afirmou o técnico alemão, Joachim Löw.
A Alemanha levará para o estádio Ernst Happel, em Viena, o peso de já ter conquistado em três oportunidades a Eurocopa -1972, 1980 e 1996.


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