São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2000


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FUTEBOL
Clube negocia jogador com o Olympique de Marselha por US$ 8 milhões e usa parte do dinheiro para quitar débito
Dívida faz São Paulo vender Marcelinho

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em busca de dinheiro para cobrir dívidas, o São Paulo acertou ontem a venda do meia-atacante Marcelinho para o Olympique de Marselha por US$ 8 milhões (cerca de R$ 14,4 milhões).
O jogador embarcaria ontem à noite para a França, segundo a diretoria do clube.
De acordo com Paulo Amaral, presidente do São Paulo, falta apenas o atleta acertar o seu salário com a equipe francesa.
O dirigente afirmou que parte do dinheiro arrecadado com a negociação será usado para pagar as dívidas da equipe. "Com a folha de pagamento que o São Paulo tem, é claro que o clube tem dívidas, mas é uma situação que dá para administrar. Com a venda do Marcelinho, vamos cumprir os nossos compromissos e vai sobrar dinheiro para contratações."
Amaral não revelou quanto será usado para quitar os débitos, nem qual será o valor destinado à contratação de reforços.
Ontem, ele já acertou a compra do lateral-esquerdo Gustavo, do Guarani.
A venda de Marcelinho compensa o clube pelo fracasso nas negociações envolvendo Edmílson e França.
O zagueiro teve a sua venda para o Arsenal (Inglaterra) anunciada, por US$ 7 milhões, mas a negociação acabou sendo desfeita.
No caso de França, a diretoria passou dois meses negociando com a Fiorentina (Itália), mas, o clube europeu preferiu acertar com Leandro, da Lusa.
O atacante seria vendido por US$ 15 milhões. Se uma das duas negociações tivesse vingado, Marcelinho não precisaria ser negociado pelo clube.
Além do meia-atacante, a equipe perdeu o volante Vágner, que não acertou a renovação de seu contrato e deixou a equipe durante a disputa da Copa do Brasil.
Os dirigentes já tinham negociado a compra de seu passe com a Roma (Itália), mas não houve acordo com o jogador, que se recusou a prorrogar o seu contrato para disputar os jogos decisivos.
Outro atleta que deixou o time foi o atacante Evair. Ele foi dispensado pelo técnico Levir Culpi após a derrota para o Cruzeiro, na final da Copa do Brasil.
Antes de acertar com Gustavo, a diretoria havia investido apenas no ataque para a disputa da Copa João Havelange e da Mercosul.
Foram contratados os atacantes Ilan, que veio do Paraná Clube e terminou a Copa dos Campeões como titular do time, e Marcelo Ramos, do Cruzeiro.
Amaral descartou a possibilidade de vender o meia Carlos Miguel, que interessa ao Grêmio.
Souza, que poderia sair com a permanência de Miguel, também irá permanecer, segundo o dirigente são-paulino.


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