São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

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Invicta, goleira não acredita em melhorias

DA SUCURSAL DO RIO

Invicta no Pan, a goleira Andréia Santuque procurou após a decisão demonstrar sua contrariedade com o quadro atual do futebol feminino no país. Enquanto as colegas falavam em emoção, união e trabalho, ela dizia não acreditar que a vitória de ontem resultará em melhorias para o esporte.
"Quando estava nas Olimpíadas [de 2004, em Atenas, onde a seleção conquistou a medalha de prata], todo mundo falava que "se vocês ganharem uma medalha, uma medalha vai mudar". Não mudou. "Se vocês chegarem bem no Mundial, vai mudar". Não mudou. Então, a gente está ganhando as competições pela gente, pelo que a gente treina, pela nossa famílias, pelas pessoas que amam o futebol feminino. Agora, mudança é muito difícil. O Brasil tem muitos problemas já com o futebol masculino, vai ajudar o feminino?", dise ela, que terminou os Jogos sem levar gol.
Andréia, 29, reclamou da falta de clubes profissionais de futebol feminino e da ação precária das federações.
"Precisa os clubes de camisa montarem departamentos de futebol feminino. Só tem dois clubes. Tem muitas jogadoras no Brasil, tem um monte. Seria melhor se as federações montassem campeonatos estaduais. Se tivesse pelo menos um campeonato estadual, em que surgissem jogadoras, onde a imprensa pudesse divulgar... Consequentemente surgiriam patrocínios. Aí sim começaria a deslanchar o futebol feminino", previu. (SR E ST)


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