ITALO NOGUEIRA
DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério Público do Rio entrou na Justiça com ação em que pede multa ao Co-Rio (Comitê Organizador dos Jogos) por problemas na venda de ingressos do Pan. A punição pedida na Justiça é de multa de R$ 5.000 por dia de problemas com venda de ingressos.
O ministério apura ainda se o Co-Rio cometeu crime de ""publicidade indevida" por ter divulgado a existência de ingressos à venda nas bilheterias ao mesmo tempo que informa nos locais de venda que as entradas foram esgotadas pela internet.
A ação relata casos em que espectadores não conseguiram se sentar nos assentos indicados. Na maioria dos casos, camarotes ocupavam os locais onde deveria estar torcedor.
""Em algumas situações, a pessoa foi transferida para outro local. Mas há casos em que, depois, o real dono deste segundo local chega e causa tumulto, o que se queria evitar", disse o promotor Rodrigo Terra, responsável pela ação.
O valor da multa foi estipulado com base no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público e o Co-Rio em maio -os organizadores se comprometeram a numerar os assentos para evitar confusões.
Entre os casos listados por Terra, há um problema com a comitiva do presidente Lula na cerimônia de abertura. ""Os assentos reservados à comitiva foram ocupados por familiares do prefeito Cesar Maia. Se não conseguem assegurar nem o assento da comitiva do presidente, é o mesmo problema."
O promotor reclama ainda da ""falta de transparência" do Co-Rio por não divulgar o número de ingressos vendidos e o público na arenas, como obriga o Estatuto do Torcedor. ""Eles alegam que o estatuto não se aplica a eles. Mas até o Código de Defesa do Consumidor exige publicidade e transparência."
O Co-Rio informou que não se pronunciaria sobre a ação e sobre a investigação de crime por ""publicidade indevida" por ainda não ter sido notificado. Sobre não-divulgação da quantidade de ingressos vendidos e o público presente, informou que ""a operação dos Jogos é extremamente complexa".


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