São Paulo, segunda-feira, 27 de julho de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Hamilton vence GP, e Button critica Brawn

Terceiro na prova, Webber é novo vice-líder da F-1

DA ENVIADA A BUDAPESTE

Lewis Hamilton estava no centro de uma entrevista coletiva pós-GP, o que não acontecia desde a etapa da China do ano passado, há nove meses.
Mas, logo na segunda pergunta sobre seu desempenho na corrida, deixou a resposta para mais tarde. Preferiu falar sobre o amigo Felipe Massa.
"Foi um dia muito triste. Sentimos muita falta dele por aqui", disse, para só então atender ao entrevistador. "Passamos por várias experiências boas e ruins nos últimos tempos, mas consegui colocar tudo isso em prática hoje [ontem]."
Campeão em 2008, Hamilton passou por uma fase complicada no começo do ano. Até ontem, seu melhor resultado era um quarto lugar, no Bahrein. Mas, na Hungria, depois de andar bem nos treinos livres, foi absoluto na corrida.
Largando em quarto, fechou a primeira volta em terceiro, beneficiado por um toque de Kimi Raikkonen em Sebastian Vettel que jogou o alemão para trás. Mais veloz na pista, ultrapassou Mark Webber na quinta volta: vice-líder. Na 12ª, chegou à liderança: pole, Fernando Alonso fez um desastrado pit stop, perdeu a roda ao voltar à pista e abandonou a prova.
Hamilton então começou a abrir vantagem. Na 15ª volta, tinha 3s684 sobre Webber. Na 19ª, a folga já era de 7s817.
Na 20ª, Webber e Raikkonen entraram nos boxes -o australiano se atrapalhou, tentou arrancar antes do fim do reabastecimento e foi superado pelo finlandês. Hamilton entrou na seguinte e manteve a tranquilidade: ao fim da janela de pits, tinha 6s172 sobre Raikkonen.
A partir de então, o GP ficou monótono. Os líderes fizeram seus segundos pits entre as voltas 45 e 50 e, com as posições inalteradas, seguiram em velocidade de cruzeiro até a bandeirada. Raikkonen foi o segundo (seu melhor resultado na temporada), seguido por Webber.
"Foi um fim de semana complicado, então estou feliz com o resultado", disse o piloto da Red Bull, que foi a 51,5 pontos, superou Vettel e assumiu a vice-liderança do campeonato.
O líder, Jenson Button, estava longe da felicidade. Apenas o sexto colocado em Hungaroring, o inglês viu sua vantagem na ponta da tabela cair um pouco mais. Há um mês, tinha 23 pontos sobre o segundo, seu companheiro de equipe, Rubens Barrichello. Hoje, tem 18,5 para um piloto de um time adversário em franca ascensão.
"Não adianta mais a gente só ficar reclamando. As outras equipes melhoraram seus carros, e o nosso piorou. Red Bull, Ferrari, McLaren e Williams certamente estão mais rápidas, enquanto nosso carro está mais difícil de dirigir do que há algumas corridas", afirmou o inglês.
Para Ross Brawn, chefe da equipe, as três semanas de intervalo até o próximo GP, em Valência, serão de muito trabalho. "Temos que identificar as causas dos problemas e voltar à forma do início da temporada."
Os brasileiros não pontuaram. Rubens Barrichello, companheiro de Button, foi o décimo. Nelsinho Piquet, da Renault, ficou em 12º. (TC)


Texto Anterior: Tristeza: Nelson Piquet lamenta acidente
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.