|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hamilton vence GP, e Button critica Brawn
Terceiro na prova, Webber é novo vice-líder da F-1
DA ENVIADA A BUDAPESTE
Lewis Hamilton estava no
centro de uma entrevista coletiva pós-GP, o que não acontecia desde a etapa da China do
ano passado, há nove meses.
Mas, logo na segunda pergunta sobre seu desempenho
na corrida, deixou a resposta
para mais tarde. Preferiu falar
sobre o amigo Felipe Massa.
"Foi um dia muito triste.
Sentimos muita falta dele por
aqui", disse, para só então atender ao entrevistador. "Passamos por várias experiências
boas e ruins nos últimos tempos, mas consegui colocar tudo
isso em prática hoje [ontem]."
Campeão em 2008, Hamilton passou por uma fase complicada no começo do ano. Até
ontem, seu melhor resultado
era um quarto lugar, no Bahrein. Mas, na Hungria, depois
de andar bem nos treinos livres, foi absoluto na corrida.
Largando em quarto, fechou
a primeira volta em terceiro,
beneficiado por um toque de
Kimi Raikkonen em Sebastian
Vettel que jogou o alemão para
trás. Mais veloz na pista, ultrapassou Mark Webber na quinta
volta: vice-líder. Na 12ª, chegou
à liderança: pole, Fernando
Alonso fez um desastrado pit
stop, perdeu a roda ao voltar à
pista e abandonou a prova.
Hamilton então começou a
abrir vantagem. Na 15ª volta, tinha 3s684 sobre Webber. Na
19ª, a folga já era de 7s817.
Na 20ª, Webber e Raikkonen
entraram nos boxes -o australiano se atrapalhou, tentou arrancar antes do fim do reabastecimento e foi superado pelo
finlandês. Hamilton entrou na
seguinte e manteve a tranquilidade: ao fim da janela de pits, tinha 6s172 sobre Raikkonen.
A partir de então, o GP ficou
monótono. Os líderes fizeram
seus segundos pits entre as voltas 45 e 50 e, com as posições
inalteradas, seguiram em velocidade de cruzeiro até a bandeirada. Raikkonen foi o segundo
(seu melhor resultado na temporada), seguido por Webber.
"Foi um fim de semana complicado, então estou feliz com o
resultado", disse o piloto da
Red Bull, que foi a 51,5 pontos,
superou Vettel e assumiu a vice-liderança do campeonato.
O líder, Jenson Button, estava longe da felicidade. Apenas o
sexto colocado em Hungaroring, o inglês viu sua vantagem
na ponta da tabela cair um pouco mais. Há um mês, tinha 23
pontos sobre o segundo, seu
companheiro de equipe, Rubens Barrichello. Hoje, tem
18,5 para um piloto de um time
adversário em franca ascensão.
"Não adianta mais a gente só
ficar reclamando. As outras
equipes melhoraram seus carros, e o nosso piorou. Red Bull,
Ferrari, McLaren e Williams
certamente estão mais rápidas,
enquanto nosso carro está mais
difícil de dirigir do que há algumas corridas", afirmou o inglês.
Para Ross Brawn, chefe da
equipe, as três semanas de intervalo até o próximo GP, em
Valência, serão de muito trabalho. "Temos que identificar as
causas dos problemas e voltar à
forma do início da temporada."
Os brasileiros não pontuaram. Rubens Barrichello, companheiro de Button, foi o décimo. Nelsinho Piquet, da Renault, ficou em 12º.
(TC)
Texto Anterior: Tristeza: Nelson Piquet lamenta acidente Próximo Texto: Frase Índice
|