Diante de freguês, tenista brasileiro estreia hoje no torneio suíço de Gstaad, jogado no saibro

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Thomaz Bellucci luta nesta semana para não perder muitos pontos no ranking.
Mesmo que seja perfeito nas quadras de saibro de Gstaad e repita o título do ano passado, o brasileiro aparecerá com menos do que os 1.732 que tem hoje.
Isso porque o 21º do mundo (sua melhor colocação na carreira) enfrenta situação peculiar. Em 2009, na 119ª posição, precisou disputar o qualifying do torneio suíço. As duas vitórias no classificatório somadas às cinco na chave principal renderam 262 pontos ao brasileiro.
Agora, cabeça de chave número três, ele só tem chances de repetir 250, quantidade oferecida ao campeão.
Será a primeira vez que Bellucci terá a missão de defender um título de primeira linha da ATP. "Todos sentem a pressão. A diferença é se ao não defender esses pontos o jogador cairá muito ou não", disse Fernando Meligeni, ex-25º do ranking, em seu blog.
Mesmo que seja eliminado na estreia, Bellucci não deixa o grupo dos 30 melhores.
Essa queda não traria grandes efeitos colaterais para o brasileiro no circuito. Ele continuaria sendo um dos cabeças de chave no Aberto dos EUA, último Grand Slam da temporada, que irá começar no dia 30 de agosto.
Em Gstaad, deixaria a posição três, passaria para a quinta e seguiria evitando rivais teoricamente mais difíceis nas primeiras rodadas.
Sua estreia hoje será contra o tenista local Marco Chiudinelli, o 63º do mundo.
Bellucci, 22, já o enfrentou três vezes e nunca lhe cedeu sets. Mas mantém a cautela. "É sempre um jogo complicado. Ele saca muito bem e, em casa, não vai ser diferente."
O torneio suíço deve ser o último no saibro (piso preferido) na temporada do brasileiro. Na sequência, ele retorna ao Brasil e se prepara para a temporada norte-americana de quadras rápidas.
A partir do dia 8 de agosto, Bellucci vai disputar os Masters 1.000 de Toronto e Cincinnati, o Torneio de New Heaven e o Aberto dos EUA.


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