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TÊNIS
Campeãs de 7 dos últimos 9 Grand Slams, irmãs sofrem com problemas físicos
Aberto dos EUA fica "órfão" com ausência das Williams
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
Ausentes do Aberto dos EUA, as
irmãs Venus e Serena Williams
esvaziaram a chave feminina do
torneio e expuseram as dificuldades do tênis feminino americano
em encontrar nomes novos para
ocupar o espaço de suas estrelas.
Juntas, elas ganharam sete dos
nove últimos Grand Slams, o que
já as credencia como atração
principal de qualquer competição
feminina de tênis no mundo. Nos
EUA, onde nasceram, o efeito é
obviamente ainda maior, até porque suas maiores rivais nasceram
do outro lado do Atlântico.
A primeira a desistir foi Serena,
21, que venceu duas vezes em Nova York, a última delas no ano
passado. Ela disse que não jogaria
após passar, recentemente, por
uma operação no joelho. Semana
passada, quem fez o anúncio foi
Venus, 23, que alegou ter uma
contusão muscular.
Campeãs dos quatro últimos
Abertos dos EUA, as irmãs Williams foram durante meses o foco da publicidade do torneio
-suas imagens eram destacadas
na propaganda espalhada por
Nova York para vender ingressos.
A falta que as duas fazem ao
Aberto é bem medida pelo tamanho da discussão que geram à distância. Não importa o que façam
em quadra, as outras jogadoras
são questionadas sobre o significado da ausência da dupla.
"É realmente ruim para o torneio e para todas as jogadoras.
Nós queremos alto nível", diz a
belga Justine Henin-Hardenne, a
única além de Serena a vencer um
Grand Slam desde o Aberto da
Austrália de 2002 -ganhou a última edição de Roland Garros.
Sua compatriota Kim Clijsters
concorda. "A chave está bem
aberta. Há muitas jogadores que
estão se sentindo mais motivadas", diz a belga, que lidera o ranking mundial, mas joga o Aberto
sob a desconfiança de falhar nos
grandes torneios -ainda não
venceu nenhum Grand Slam.
"Para algumas pessoas, [a ausência das irmãs Williams] é um
alívio", diz a iugoslava Jelena Dokic. "Mas nós estamos vendo um
pouco de mudança. Vimos que
elas podem ser batidas. Estamos
vendo mais gente chegando perto
delas", afirma ela, tentando mudar de assunto. "Isso ainda vai ser
um bom Aberto dos EUA."
A falta das irmãs Williams serviu também para mostrar que a
renovação do tênis feminino
americano é bem diferente da do
masculino. Entre os homens,
além da aposentadoria de Pete
Sampras, os EUA viram o último
jogo de Michael Chang, o mais jovem campeão de Grand Slam da
história, que ontem perdeu do
chileno Fernando Gonzalez por 3
a 1. Mas a atenção voltou, de imediato, para Andy Roddick, 20.
No feminino, os americanos tiveram como melhor opção torcer
para Lindsay Davenport, Jennifer
Capriatti e Chanda Rubin, todas
com 27 anos.
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