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FUTEBOL
Reserva contra o Brasiliense hoje, goleiro renova até 2009, mas contusão ou aposentadoria podem rescindir acordo
Palmeiras e Marcos fazem acerto de risco
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A renovação do contrato de
Marcos com o Palmeiras contentou a ambos. Para estender o contrato do goleiro até 2009, o clube
sugeriu que seja feito um acordo
em que quaisquer das partes pode
encerrar o compromisso a qualquer momento, sem que haja a
necessidade de pagamento de
multa, se o motivo estiver dentro
do que ficou acertado.
A Folha apurou que caso o goleiro deseje se aposentar antes de
julho de 2009, data prevista para o
fim do novo contrato, ele não será
obrigado a pagar a multa rescisória calculada sobre seus salários,
conforme prevê a Lei Pelé -o valor da rescisão do contrato do goleiro gira em torno de R$ 103 milhões. A contrapartida é que, se o
Palmeiras decidir pela rescisão,
poderá fazê-la sem ter que pagar
ao jogador o valor equivalente ao
tempo restante do acordo.
Esse "acordo de cavalheiros" fez
Marcos, que tem confidenciado a
amigos estar desmotivado a jogar
por muito tempo, aceitar ficar no
Palmeiras. Por outro lado, o clube
conseguiu se precaver contra o
"mico" de estender o contrato de
um atleta veterano e que tem uma
lesão crônica no punho esquerdo.
Apalavrada na noite de anteontem numa reunião entre o jogador e os dirigentes palmeirenses, a
extensão prevê ainda que Marcos
ganhará, já no próximo pagamento, 10% de reajuste no valor
referente aos seus direitos de imagem (hoje o goleiro recebe R$ 60
mil mensais dessa forma, mais R$
70 mil na carteira de trabalho).
Para ficar no Palmeiras, Marcos
abriu mão de faturar alto com sua
transferência, que seria, segundo
pessoas ligadas ao jogador, uma
ponte para o goleiro defender o
Corinthians no ano que vem.
Caso o Palmeiras tivesse aceitado liberar o pentacampeão mundial por US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 7,2 milhões) para
a empresa Gol International Ltd.,
Marcos receberia US$ 2,4 milhões
(cerca de R$ 5,8 milhões) em duas
partes iguais. A primeira agora,
no ato da ida dele para o Porto, e a
segunda em janeiro.
Porém, segundo disse a interlocutores, o atleta não quis arriscar
sofrer um grande abalo na sua
imagem, que seria causado caso
ele atuasse no arqui-rival palmeirense, em troca da bolada.
Mesmo com o encerramento do
episódio do vai-não-vai de Marcos, o técnico Emerson Leão preferiu mantê-lo na reserva no jogo
de hoje, contra o Brasiliense, às
16h, em Taguatinga, pelo Brasileiro. "Vamos esperar o melhor momento para ele retornar", atestou
o técnico palmeirense.
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