São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2005

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FUTEBOL

Reserva contra o Brasiliense hoje, goleiro renova até 2009, mas contusão ou aposentadoria podem rescindir acordo

Palmeiras e Marcos fazem acerto de risco

PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL

A renovação do contrato de Marcos com o Palmeiras contentou a ambos. Para estender o contrato do goleiro até 2009, o clube sugeriu que seja feito um acordo em que quaisquer das partes pode encerrar o compromisso a qualquer momento, sem que haja a necessidade de pagamento de multa, se o motivo estiver dentro do que ficou acertado.
A Folha apurou que caso o goleiro deseje se aposentar antes de julho de 2009, data prevista para o fim do novo contrato, ele não será obrigado a pagar a multa rescisória calculada sobre seus salários, conforme prevê a Lei Pelé -o valor da rescisão do contrato do goleiro gira em torno de R$ 103 milhões. A contrapartida é que, se o Palmeiras decidir pela rescisão, poderá fazê-la sem ter que pagar ao jogador o valor equivalente ao tempo restante do acordo.
Esse "acordo de cavalheiros" fez Marcos, que tem confidenciado a amigos estar desmotivado a jogar por muito tempo, aceitar ficar no Palmeiras. Por outro lado, o clube conseguiu se precaver contra o "mico" de estender o contrato de um atleta veterano e que tem uma lesão crônica no punho esquerdo.
Apalavrada na noite de anteontem numa reunião entre o jogador e os dirigentes palmeirenses, a extensão prevê ainda que Marcos ganhará, já no próximo pagamento, 10% de reajuste no valor referente aos seus direitos de imagem (hoje o goleiro recebe R$ 60 mil mensais dessa forma, mais R$ 70 mil na carteira de trabalho).
Para ficar no Palmeiras, Marcos abriu mão de faturar alto com sua transferência, que seria, segundo pessoas ligadas ao jogador, uma ponte para o goleiro defender o Corinthians no ano que vem.
Caso o Palmeiras tivesse aceitado liberar o pentacampeão mundial por US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 7,2 milhões) para a empresa Gol International Ltd., Marcos receberia US$ 2,4 milhões (cerca de R$ 5,8 milhões) em duas partes iguais. A primeira agora, no ato da ida dele para o Porto, e a segunda em janeiro.
Porém, segundo disse a interlocutores, o atleta não quis arriscar sofrer um grande abalo na sua imagem, que seria causado caso ele atuasse no arqui-rival palmeirense, em troca da bolada.
Mesmo com o encerramento do episódio do vai-não-vai de Marcos, o técnico Emerson Leão preferiu mantê-lo na reserva no jogo de hoje, contra o Brasiliense, às 16h, em Taguatinga, pelo Brasileiro. "Vamos esperar o melhor momento para ele retornar", atestou o técnico palmeirense.


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