|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Brasil pega zebra por 6º título da Liga
Bernardinho busca hoje contra a França levar time ao quarto troféu seguido, a maior seqüência de um país no torneio
Vitória sobre a Rússia na semifinal dá ao time chance de superar a Itália, oito vezes campeã, mas que só ganhou três títulos seguidos
MARIANA LAJOLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mais um título e mais um recorde. A seleção de Bernardinho, a mais vitoriosa do vôlei
brasileiro, busca hoje, em Moscou, outra marca inédita.
O sexto troféu da Liga Mundial será o quinto sob o comando do treinador, seu quarto seguido. Nem a Itália, oito vezes
medalha de ouro na competição, conseguiu atingir tal feito
-foi apenas tricampeã.
Para atingir a marca, a seleção terá de superar a zebra do
torneio, às 12h, em Moscou.
A França é intrusa na decisão
da Liga, que em 16 edições ficou
restrita a seis seleções.
Já era, aliás, um corpo estranho na semifinal. Os franceses
têm como melhores resultados
os quintos lugares em 1990,
2001 e 2004. No ano passado,
ficaram no minguado 10º lugar.
Nesta Liga, os franceses venceram o grupo mais difícil do
torneio. Na semifinal, arrasaram a Bulgária por 3 a 0, uma
surpresa para Bernardinho.
"A França não aparece muito
porque não é tão forte, mas é
um time certinho taticamente,
parecido com o nosso e por isso
tão perigoso. Temos de descansar muito agora", analisou o
meio-de-rede André Heller.
Os brasileiros já sofreram
com uma zebra nesta competição. Na estréia nas finais, perderam para a Bulgária e viram
ruir a invencibilidade de mais
de um ano -a mais longeva
com Bernardinho.
Ontem, na semifinal contra a
Rússia, o time se mostrou recuperada da série de apresentações anormais. E graças, enfim,
à ótima atuação dos titulares,
fez 25/19, 25/19, 27/29 e 29/27.
"Eu vi uma Rússia bem mais
organizada e bem mais forte do
que nos Jogos Olímpicos de
Atenas, na última vez que nos
enfrentamos. Acho que serão
um grande adverário no futuro", afirmou Bernardinho.
Nas primeiras rodadas da Liga, a seleção ficou invicta, mas
só pegou rivais fracos.
Antes da estréia nas finais em
Moscou, para amenizar os efeitos do fuso horário, Bernardinho mandou seu time-base para a Itália. A quase uma semana
de separação foi sentida logo no
duelo contra os búlgaros.
Nos jogos seguintes, o Brasil
oscilou entre a boa apresentação diante da Itália e o estranho
jogo com a Rússia, anteontem,
vencido graças aos reservas.
Ontem, a partida começou
totalmente diferente. Quase
impecáveis, os brasileiros mandaram nos dois primeiros sets.
Os 2 a 0 no placar, no entanto, fizeram o time relaxar. E,
com uma estratégia de saque
mais arriscada, os russos conseguiram igualar o jogo.
No último set, a seleção chegou a abrir 25/23, mas não teve
paciência para fechar o placar.
O duelo ficou arrastado até que
André Nascimento acertou um
ataque e fechou o confronto.
Nem bem acabou a partida,
Bernardinho juntou os jogadores na quadra. O discurso: "Esse jogo já passou, não vale mais,
o importante é amanhã [hoje]".
NA TV- Liga Mundial
Bulgária x Rússia, às 9h; França x
Brasil, às 12h, Sportv, ao vivo
Texto Anterior: Tostão: Os solistas e a orquestra Próximo Texto: Giba brilha, e ataque vira maior arma Índice
|