São Paulo, domingo, 27 de agosto de 2006

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Rio-07 não sabe como gerar energia de estádio

Processo para criar subestação no Estádio João Havelange, palco do futebol e do atletismo, não foi iniciado e pode durar seis meses

MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO

A onze meses dos Jogos Pan-Americanos, a organização ainda não sabe como será gerada a energia elétrica que abastecerá o estádio João Havelange, no Engenho de Dentro (zona norte do Rio), que será palco das provas de futebol e atletismo da competição.
O projeto prevê a construção de uma subestação exclusiva para o estádio. Entretanto, segundo o relatório do Tribunal de Contas da União que apontou atrasos em várias obras do Pan, ainda não foi escolhido o local onde funcionará o posto.
O grande problema é que o processo é longo. Para ser iniciada a obra, será preciso haver uma licitação para a escolha da empresa que tocará a obra.
Segundo informações de técnicos da Light, concessionária responsável pela energia na cidade do Rio, dependendo da carga a ser estimada para o estádio, uma subestação de energia elétrica pode levar até seis meses para ser concluída. Os detalhes técnicos da obra ainda não foram divulgados.
O governo municipal não soube informar o tempo que levará para a construção da nova subestação de energia elétrica, mas disse que está tudo dentro do cronograma. Não quis comentar, entretanto, as observações feitas pelo TCU porque não foi notificada oficialmente sobre o relatório.
As obras dos sistemas de água e esgoto e de gás também não foram iniciadas e, assim como o da subestação, entrarão no mesmo processo licitatório. O TCU pediu urgência no início dos trabalhos sob alegação que são demorados.
O relatório apontou outros atrasos. Informou que a situação do ginásio do Maracanãzinho (zona norte) permanece a mesma de 2005.
O relatório aponta atrasos nas obras das raias de remo e canoagem na Lagoa Rodrigo de Freitas (zona sul). Embora esteja marcado um evento-teste para outubro, ainda não foi feita a dragagem da raia, que estava prevista para ser concluída este mês.
As obras de reforma do estádio de remo da Lagoa (zona sul), de acordo com o documento, não foram iniciadas devido a pendências judiciais que ainda não liberaram a concessão para a iniciativa privada.
O documento cita também que ainda não foi iniciada a construção de estruturas temporárias da Vila Pan-Americana (zona oeste) porque o local reservado é ocupado pelo stand de vendas.
Nestas estruturas estão previstas a instalação de um terminal rodoviário que ligará a Vila aos locais de competição.
A Prefeitura do Rio informou que as obras extramuros do João Havelange serão feitas em conjunto, com as esferas federal, estadual e municipal, e não têm prazo para começar porque ainda dependem de licenças do governo estadual, sem data para serem autorizadas.
Apesar das críticas do TCU, o representante da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), Júlio Maglione, que esteve inspecionando as obras nesta semana, classificou como adiantados os trabalhos e desqualificou o relatório do TCU.


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