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Rio-07 não sabe como gerar energia de estádio
Processo para criar subestação no Estádio João Havelange, palco do futebol e do atletismo, não foi iniciado e pode durar seis meses
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A onze meses dos Jogos Pan-Americanos, a organização ainda não sabe como será gerada a
energia elétrica que abastecerá
o estádio João Havelange, no
Engenho de Dentro (zona norte do Rio), que será palco das
provas de futebol e atletismo da
competição.
O projeto prevê a construção
de uma subestação exclusiva
para o estádio. Entretanto, segundo o relatório do Tribunal
de Contas da União que apontou atrasos em várias obras do
Pan, ainda não foi escolhido o
local onde funcionará o posto.
O grande problema é que o
processo é longo. Para ser iniciada a obra, será preciso haver
uma licitação para a escolha da
empresa que tocará a obra.
Segundo informações de técnicos da Light, concessionária
responsável pela energia na cidade do Rio, dependendo da
carga a ser estimada para o estádio, uma subestação de energia elétrica pode levar até seis
meses para ser concluída. Os
detalhes técnicos da obra ainda
não foram divulgados.
O governo municipal não
soube informar o tempo que levará para a construção da nova
subestação de energia elétrica,
mas disse que está tudo dentro
do cronograma. Não quis comentar, entretanto, as observações feitas pelo TCU porque
não foi notificada oficialmente
sobre o relatório.
As obras dos sistemas de
água e esgoto e de gás também
não foram iniciadas e, assim como o da subestação, entrarão
no mesmo processo licitatório.
O TCU pediu urgência no início
dos trabalhos sob alegação que
são demorados.
O relatório apontou outros
atrasos. Informou que a situação do ginásio do Maracanãzinho (zona norte) permanece a
mesma de 2005.
O relatório aponta atrasos
nas obras das raias de remo e
canoagem na Lagoa Rodrigo de
Freitas (zona sul). Embora esteja marcado um evento-teste
para outubro, ainda não foi feita a dragagem da raia, que estava prevista para ser concluída
este mês.
As obras de reforma do estádio de remo da Lagoa (zona
sul), de acordo com o documento, não foram iniciadas devido a pendências judiciais que
ainda não liberaram a concessão para a iniciativa privada.
O documento cita também
que ainda não foi iniciada a
construção de estruturas temporárias da Vila Pan-Americana (zona oeste) porque o local
reservado é ocupado pelo stand
de vendas.
Nestas estruturas estão previstas a instalação de um terminal rodoviário que ligará a Vila
aos locais de competição.
A Prefeitura do Rio informou
que as obras extramuros do
João Havelange serão feitas em
conjunto, com as esferas federal, estadual e municipal, e não
têm prazo para começar porque ainda dependem de licenças do governo estadual, sem
data para serem autorizadas.
Apesar das críticas do TCU, o
representante da Odepa (Organização Desportiva Pan-Americana), Júlio Maglione, que esteve inspecionando as obras
nesta semana, classificou como
adiantados os trabalhos e desqualificou o relatório do TCU.
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