São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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Seleção de vôlei cai pela 4ª vez seguida e fica até sem o bronze

China vence, e time feminino desaba do ouro para o 5º lugar no Grand Prix

DA REPORTAGEM LOCAL

A distância do pódio era grande. Para ficar com o bronze no Grand Prix de vôlei, a equipe brasileira, que ganhara o torneio de 2004 a 2006, precisava vencer e contar com uma combinação improvável de resultados. As outras seleções contribuíram. O Brasil não.
O time entrou em quadra dependendo apenas de seu esforço para subir ao pódio, mas, mais uma vez, não soube controlar os nervos. Foi massacrado pela China, por 3 sets a 0 (25/21, 25/21 e 25/13), e terminou em quinto, sua pior campanha no torneio desde 2003.
Sob o comando de Zé Roberto Guimarães, a seleção só havia ficado sem medalha em Atenas-2004. O Brasil também nunca experimentara uma seqüência de quatro derrotas seguidas em uma competição internacional com o treinador.
"Jogamos bem no primeiro set, mas, a partir do segundo, perdemos a concentração. No terceiro, a equipe saiu completamente do jogo", resumiu a levantadora e capitã Carol.
Se conseguisse, por exemplo, uma vitória por triplo 25/23, a seleção teria colocado o bronze no peito. Antes de o Brasil jogar, a favorita Itália havia perdido para a Polônia. E a campeã Holanda vencera a Rússia.
Para Zé Roberto, o Brasil deixou a China jogar ao não sacar bem. Com o passe na mão, as chinesas conseguiram boa variação de jogadas, e a defesa brasileira sofreu. "O Brasil é um time cheio de paixão. Mas nós mostramos muito mais paixão do que elas hoje [ontem]", disse Chen Zhonghe, técnico da China. Anteontem, depois da derrota para a Itália, a oposto Sheilla havia dito que a equipe perdera a felicidade.
O time terá pouco tempo para isso. No dia 4, irá se reapresentar para treinos. As titulares Fofão e Walewska, que não disputaram o GP, estarão de volta. Jaqueline, cortada por doping do Pan do Rio, e Mari também podem reforçar a equipe.
O próximo compromisso brasileiro é o Sul-Americano do Chile, no fim de setembro, que vale vaga na Copa do Mundo do Japão, em novembro, torneio que vale vaga na Olimpíada de Pequim-2008. Nessa competição, uma seqüência de derrotas como a do GP será fatal.

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