São Paulo, segunda-feira, 27 de agosto de 2007

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JUCA KFOURI

Do publicitário para o empresário


Olivetto está disposto a articular conspiração para convencer Antônio Ermírio a assumir o Corinthians


WASHINGTON OLIVETTO conta que não dá mais conta dos tantos apelos que recebe para que se candidate à presidência do Corinthians. O assédio é permanente, e ele lamenta informar que não só não pode deixar sua W/Brasil como, ainda por cima, nem conselheiro é mais do clube, o que, por si só, elimina a hipótese.
Mas engrossa a corrente dos que gostariam de ver o empresário Antônio Ermírio de Moraes como próximo presidente do alvinegro. Acha que alguém que fez da Votorantim o que ele fez e que salvou a Beneficência Portuguesa poderia tirar o clube da UTI, por ter credibilidade suficiente para eliminar desconfianças de eventuais investidores e, também, dos credores.
"Além de ser corintiano e conselheiro, ele está acostumado a ser presidente de coisa grande", conclui, e provoca, o publicitário. Porque o problema do Corinthians não está no técnico, por infeliz que Carpegiani tenha sido. Olivetto está disposto a articular um grupo de corintianos influentes para tentar convencer Antônio Ermírio da importância da missão.
Quando, aqui, a mesma idéia foi debatida, o empresário, e colunista desta Folha, reagiu com um delicado bilhete, para declinar e alegar que não tinha mais idade para tamanha empreitada.
Ora, a questão não é essa e nem é tarefa para um homem só, mas, sim, para uma equipe que ele certamente poderia montar e liderar.
E tanto a Votorantim como a Beneficência Portuguesa que desculpem, mas que corintiano não gostaria de ter em sua biografia, apesar de alguns nem a merecerem, a honra de ter sido presidente do clube mais popular de São Paulo?

Inédito
Saiu da meta como Rogério Ceni, matou a bola com a classe de Dario Pereyra, levantou a cabeça como Raí e lançou como Gérson. Resultado: gol do São Paulo. Mas bom mesmo é o Doni.

Surpreendente Não é que Alecsandro tenha feito nove gols em apenas cinco jogos. Ele os fez tendo atuado só 288 minutos, um a cada 32 minutos, como observou Mauro Cezar Pereira, na ESPN Brasil. Afonso que se cuide.

Previsível
Aqui, no dia 12 de dezembro de 2005, sob o título "Agnelo Queiroz e a SMPB", apareceram as estranhas relações entre o Ministério do Esporte e a agência do valerioduto. Ontem, na primeira página de "O Globo", sob a manchete "Perícia comprova emprego de dinheiro público no mensalão", contou-se que o Ministério Público Federal demonstrou que verba do Ministério do Esporte acabou na conta de uma assessora do deputado Paulo Rocha (PT-PA). Do PC do B, desaparecido, embora nada tenha a ver com a Guerrilha do Araguaia, Agnelo Queiroz ganhou como prêmio de consolação ser indicado para uma diretoria da Anvisa e será sabatinado no Senado. Passará?

Que clássico!
As vitórias de ontem, por goleada no Morumbi e guerreada em Floripa, fazem de Palmeiras x São Paulo a enorme atração desta quarta.

blogdojuca@uol.com.br

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