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FUTEBOL
Equipe, sem ganhar há quase 1 mês, terá os contestados Gabriel, Lugano, Gallo e Marco Antônio contra o lanterna
São Paulo tenta cessar jejum de vitórias
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo menos são-paulino
do ano tenta interromper hoje
uma sequência de quase um mês
sem vitórias no Brasileiro. Cheio
de desfalques, Rojas escalará atletas contestados pela torcida para
enfrentar o Grêmio no Morumbi.
Gabriel, Lugano, Gallo e Marco
Antônio, além de Jean e Rico, estão entre os titulares. Todos foram ou têm sido criticados pela
torcida. Gabriel, chamado de "pepino", será titular após dois meses
de ostracismo no São Paulo B.
"Cansamos desse time. E não
são só esses que já mostraram que
não podem jogar no São Paulo.
Outros também estão decepcionando. E o Ricardinho? Não fazíamos a menor questão que ele viesse para o Morumbi. Ele veio, a
gente não vaiou, mas ele não fez
nada. E o Rogério? E essa diretoria
que vendeu o Kaká e não ganhou
nenhum título?", esbravejou o vice-presidente da torcida Independente, Ricardo Barbosa.
Segundo o próprio Rojas, sem
Adriano, Júlio Santos, Gustavo
Nery, Ricardinho, Luis Fabiano e
Fabiano (que fará teste hoje), o
seu time é pior do que o Grêmio.
"Eles são melhores do que a
gente no papel. Temos que mudar
isso com atitude. Não precisamos
jogar bonito. Nunca jogamos.
Mas antes estávamos ganhando
[a última vitória foi em 30 de
agosto, 1 a 0 sobre o Paysandu].
Não admito que ninguém jogue a
toalha enquanto tivermos chances matemáticas de alcançar o
Cruzeiro", declarou o chileno.
Rojas não está para brincadeira,
segundo o próprio. Antecipou a
concentração e obrigou suspensos e contundidos a se apresentarem no CT hoje. Todos vão ao
Morumbi assistir à partida.
"Não posso acreditar que tenha
alguém aqui que não está interessado em ir ao jogo. Todos fazem
parte do elenco e têm que se interessar pelo São Paulo", afirmou.
O único que está fora do grupo é
o lateral-direito Leonardo, que foi
afastado do elenco profissional e
agora viu seu procurador, Eduardo Uram, desentender-se com a
diretoria são-paulina.
Uram disse que o afastamento
de Leonardo foi uma manobra
política porque o jogador foi contratado por indicação de Márcio
Aranha, ex-vice-presidente do
clube. Ele também reclamou do
atraso no pagamento de direitos
de imagem e de parcelas do empréstimo, que vence em julho do
ano que vem. O São Paulo nega a
dívida de imagem.
"Esse cidadão não entra mais no
CT. Cortamos relações", disse Juvenal Juvêncio, diretor de futebol
do clube, que está aberto a discutir a rescisão do contrato de Leonardo -sem ônus financeiro para nenhuma das partes.
O lateral, que por meio de seu
procurador afirmou que não quer
se desligar do São Paulo, não se
apresentou ao técnico do time B
ontem, como havia sido determinado por Juvêncio. Foi ao CT e
ouviu do supervisor de futebol,
Marco Aurélio Cunha, que a decisão é irreversível: segunda-feira
ele deve treinar em Barueri.
"Ninguém está livre disso", sentenciou Juvêncio.
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