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São Paulo, sábado, 27 de setembro de 2003

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FUTEBOL

Equipe, sem ganhar há quase 1 mês, terá os contestados Gabriel, Lugano, Gallo e Marco Antônio contra o lanterna

São Paulo tenta cessar jejum de vitórias

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo menos são-paulino do ano tenta interromper hoje uma sequência de quase um mês sem vitórias no Brasileiro. Cheio de desfalques, Rojas escalará atletas contestados pela torcida para enfrentar o Grêmio no Morumbi.
Gabriel, Lugano, Gallo e Marco Antônio, além de Jean e Rico, estão entre os titulares. Todos foram ou têm sido criticados pela torcida. Gabriel, chamado de "pepino", será titular após dois meses de ostracismo no São Paulo B.
"Cansamos desse time. E não são só esses que já mostraram que não podem jogar no São Paulo. Outros também estão decepcionando. E o Ricardinho? Não fazíamos a menor questão que ele viesse para o Morumbi. Ele veio, a gente não vaiou, mas ele não fez nada. E o Rogério? E essa diretoria que vendeu o Kaká e não ganhou nenhum título?", esbravejou o vice-presidente da torcida Independente, Ricardo Barbosa.
Segundo o próprio Rojas, sem Adriano, Júlio Santos, Gustavo Nery, Ricardinho, Luis Fabiano e Fabiano (que fará teste hoje), o seu time é pior do que o Grêmio.
"Eles são melhores do que a gente no papel. Temos que mudar isso com atitude. Não precisamos jogar bonito. Nunca jogamos. Mas antes estávamos ganhando [a última vitória foi em 30 de agosto, 1 a 0 sobre o Paysandu]. Não admito que ninguém jogue a toalha enquanto tivermos chances matemáticas de alcançar o Cruzeiro", declarou o chileno.
Rojas não está para brincadeira, segundo o próprio. Antecipou a concentração e obrigou suspensos e contundidos a se apresentarem no CT hoje. Todos vão ao Morumbi assistir à partida.
"Não posso acreditar que tenha alguém aqui que não está interessado em ir ao jogo. Todos fazem parte do elenco e têm que se interessar pelo São Paulo", afirmou.
O único que está fora do grupo é o lateral-direito Leonardo, que foi afastado do elenco profissional e agora viu seu procurador, Eduardo Uram, desentender-se com a diretoria são-paulina.
Uram disse que o afastamento de Leonardo foi uma manobra política porque o jogador foi contratado por indicação de Márcio Aranha, ex-vice-presidente do clube. Ele também reclamou do atraso no pagamento de direitos de imagem e de parcelas do empréstimo, que vence em julho do ano que vem. O São Paulo nega a dívida de imagem.
"Esse cidadão não entra mais no CT. Cortamos relações", disse Juvenal Juvêncio, diretor de futebol do clube, que está aberto a discutir a rescisão do contrato de Leonardo -sem ônus financeiro para nenhuma das partes.
O lateral, que por meio de seu procurador afirmou que não quer se desligar do São Paulo, não se apresentou ao técnico do time B ontem, como havia sido determinado por Juvêncio. Foi ao CT e ouviu do supervisor de futebol, Marco Aurélio Cunha, que a decisão é irreversível: segunda-feira ele deve treinar em Barueri.
"Ninguém está livre disso", sentenciou Juvêncio.


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